Aracaju, 4 de maio de 2024
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Petrobras pode iniciar processo de privatização da FAFEN até dezembro

A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados – FAFEN não vai fechar, mas, a Petrobras deverá iniciar o processo para privatização em substituição a decisão de hibernação da estatal. Foi o que garantiu o presidente Michel Temer ao ex-governador Albano Franco, após a audiência que aconteceu no início da tarde desta quinta-feira, no Palácio do Planalto. O encontro foi solicitado por Albano Franco para nova tentativa de intervir, visando à reversão da decisão da Petrobras de enceramento, em 31 de outubro próximo, das atividades produtivas das unidades da FAFEN.

A audiência no Palácio do Planalto, antes prevista para acontecer às 17 horas, desta quinta-feira, foi antecipada por iniciativa do presidente Michel Temer para às 14 horas, e demorou cerca de 30 minutos. Na oportunidade, o ex-governador Albano Franco entregou documento ao Presidente da República, que na primeira parte relata o que classificou como “extremamente nocivas”, as conseqüências do fechamento da FAFEN.

Na segunda parte, o documento elenca em cinco tópicos quais são essas prováveis conseqüências nocivas e, na terceira parte, são apresentadas três propostas alternativas: 1 – suspensão da decisão de hibernação/paralisação da FAFEN-SE; 2 – instituição de comissão interministerial para estudar a viabilidade operacional e financeira de funcionamento; 3 – caso a decisão de continuidade de funcionamento for inviável, que a Petrobras “não opte pela hibernação/paralisação, mas sim pela abertura do processo de privatização”.

O presidente Temer recebeu o documento e garantiu a Albano que faria novas gestões junto a Petrobras. Cerca de 30 minutos após o fim da audiência no Planalto, o próprio Michel Temer ligou para Albano e garantiu que a FAFEN não mais encerrará suas atividades produtivas no dia 31 de outubro, e que a Petrobras vai iniciar o processo para a privatização da empresa. Eufórico com a notícia, Albano agradeceu o empenho pessoal Temer para reverter à decisão da Petrobras e disse que Sergipe saberá reconhecer o seu esforço para evitar esse grande prejuízo ao Estado.

Fechamento da FAFEN – A surpreendente decisão da Petrobras em hibernar a FAFEN foi dada em março passado, em simples telefonema do então presidente da Petrobras, Pedro Parente, ao então governador do Estado, Jackson Barreto. A notícia provocou forte reação em Sergipe e na Bahia. Como liderança empresarial e ex-governador do Estado, Albano Franco começou a fazer gestões e participar de mobilizações em Sergipe e fora do Estado, para a reversão do quadro.

No dia 20 de março, ele tratou da questão durante reunião do Conselho Diretor da CNI e, no dia seguinte, participou em Brasília da reunião dos deputados e senadores com o governador Jackson Barreto para definir as providências que seriam tomadas visando demover a Petrobras. No dia 27 de março, já como representante da Federação das Indústrias, Albano Franco participou de encontro com toda a bancada federal de Sergipe na Câmara dos Deputados.

Diretamente com o presidente Michel Temer, o ex-governador tratou do assunto em encontro em Salvador, no dia 06 abril, quando ambos participavam da posse do Presidente da Federação das Indústrias da Bahia. Depois, em 19 daquele mês, Albano publicou no jornal “O Globo”, artigo com o título “Privatizar sem Fechar”, em que defendia que se a Petrobras optasse por não continuar no negócio de fertilizantes, não deveria fechar a FAFEN, mas, privatizá-la. Como representante da Federação das Indústrias de Sergipe, ele integra a comissão estadual instituída pelo Governo do Estado para estudar soluções para a FAFEN.

 

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