Aracaju, 29 de março de 2024

Psicólogos acolhem e orientam acompanhantes e pacientes alto risco na MNSL

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
6

Nesta segunda-feira, 27, foi comemorado o dia do psicólogo. Ouvir as angústias, ansiedades, sonhos e frustrações e de forma humanizada orientar as pessoas em situação de vulnerabilidade emocional não é tarefa fácil, mas essa é uma rotina vivenciada pelas profissionais da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL). São nove psicólogas capacitadas para o auxílio das gestantes, parturientes, pacientes e vítimas de violência sexual que passam pela unidade hospitalar, gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e enfrentam sérios problemas psicológicos.

As visitas das psicólogas acontecem todos os dias através das consultas nas alas da maternidade, com a solicitação do médico ou através da busca ativa quando as profissionais se direcionam para as alas da unidade de referência de cada uma. “Oferecemos o acolhimento, atendendo e, quando necessário, solicitamos a intervenção da psiquiatra e no momento da alta fazemos o encaminhamento para alguma Rede de Apoio, alguma Unidade de Saúde’’, explica a Referência Técnica da psicologia, Clésia Almeida Silva Oliveira.

A psicóloga Silvia dos Anjos, conta que as pacientes internadas em uma maternidade de alto risco sempre vivem em instabilidade com o processo do adoecimento na gestação. A psicologia vem dar suporte emocional nessa fase tão difícil, ajudando a mãe a encontrar recursos positivos para ressignificar a internação.

Ela explicou que é responsável pelo acolhimento e atendimento às vítimas de violência sexual na MNSL e informou que essas pessoas são atendidas juntamente com seus familiares que as acompanham. “Uma ocorrência traumática afeta não só a vítima, mas também seu sistema sociofamiliar”, observou a psicóloga.

O trabalho voltado para violência sexual fica por conta da psicóloga Camila Sousa de Almeida. “O acompanhamento psicológico, apoio e orientação a seus acompanhantes são serviços disponíveis por tempo indeterminado no SAVVS da MNSL. Cada ser humano se recupera no seu próprio tempo. Inclusive, é possível receber o atendimento psicológico mesmo que a violência sexual tenha ocorrido há anos atrás e a pessoa tenha tido conhecimento do serviço apenas agora.  Sempre é tempo de buscar tratamento e melhoras na própria vida”, disse Camilla.

Atendimento

A psicóloga da ala rosa e centro cirúrgico da MNSL, Vanessa Flávia de Andrade Gonçalves, contextualiza que cada profissional assume um dos setores, facilitando o acolhimento na unidade, porém todas as profissionais da psicologia atendem a maternidade num sentido geral. “Trabalhamos com a admissão, ala rosa, ala azul e ala verde. O auxílio é a partir da avaliação inicial solicitado pela equipe, a partir disso vamos vendo a demanda de cada um. Alguns casos o internamento é mais rápido e pontual, é uma demanda daquele momento e depois não precisa mais, mas mesmo assim fazemos a busca ativa, verificando o dia a dia do paciente e a evolução.

Quando necessário, Camila atenta que há, também, a intervenção da psiquiatria. Cada paciente tem uma característica. “Não temos como especificar o tempo de cada caso clínico e da duração que ela fica internada. Na ala rosa, o internamento é mais longo, então, sempre fazemos o acompanhamento e buscamos aplicar exercícios relacionados as ociosidades que possuem, devido o tempo que as mães passam na maternidade ou a falta de família e amigos ao lado delas, agrava o estado emocional.

Kátia Cristina Albuquerque de Santana, atua como psicóloga na maternidade há 8 anos, atualmente trabalha na ala azul. O setor é composto de bebês e que tem algumas particularidades, geralmente com más formações e que precisam de cuidados específicos. “Um dos métodos com que tratamos as mães dessa ala é através da fototerapia, tratamento à base de luz para recém-nascidos que nascem com icterícias, problema que podem causar doenças comportamentais e mentais”, explicou Kátia.

A coordenadora de RT da psicologia, Clésia Almeida Silva Oliveira, cuida da Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCA) e da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal – UTIN. “Nas unidades enquanto assistente eu trabalho com o propósito de oferecer o suporte emocional às mães, considerando que a ala verde ela envolve um projeto e cuidado que é voltado para o recém-nascido de baixo peso”, disse.

“Atuamos juntos com a equipe multidisciplinar, pediatras, terapeutas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e enfermeiros. Oferecemos orientação, estamos ligados com a UTI, é um trabalho muito rico que envolve muitos profissionais”. Ela ainda disse que a maternidade é composta de nove psicólogas, e que se organizam enquanto referências. Eu e Taís trabalhamos na UCINCA, três profissionais são responsáveis pela ala rosa e centro obstétrico que é Monique e Valesca, Kátia e Milena são referências da ala azul e admissão, e os bebês maiores – acima de 1.800 são cuidados por Denise”, atentou Clésia.

Já a psicóloga Rosa Maria Costanza, explicou que o psicólogo na MNSL, especificamente, na ala Rosa, precisa escutar e fazer intervenções para que gestantes de risco, possam se sentir menos angustiadas e assustadas com a hospitalização. Ela ressaltou ainda que a maternidade faz plantão de escalas e onde houver chamada, a plantonista vai, mesmo que não seja sua ala de referência.

A psicóloga Monique Prata Facure, que atende na ala rosa, disse que não são todas as pacientes que vão precisar de acompanhamento. A demanda é identificada geralmente pela equipe, depois de identificado, solicita uma avaliação, as vezes vem com algum sintoma.

Gratidão

Thaiara Theles de Jesus Santos, 18 anos, que está na ala verde, explicou que o atendimento na maternidade é maravilhoso. “O acolhimento da psicóloga fez com que a angústia que estava sentindo passasse, meu filho nasceu com 1.595g. A psicóloga ajudou com que a angústia passasse. Bem acolhida, fui orientada. Meu bebê está ganhando peso no método canguru e se recupera bem”, disse a paciente.

Para Vanda Teixeira dos Santos, mãe do pequeno Samuel, que estava  na ala rosa,  e na sexta gestação, dessa vez houve diferença e o bebê nasceu com seis meses. “Fiquei na ala rosa, hoje na verde e meu bebê se recupera bem, eu estou sendo acompanhada pela psicóloga onde meus medos estão diminuindo.

Lilian Feitosa, 27 anos, paciente da   ala rosa, seis meses  de gestação disse que entrou  na maternidade por conta de uma infecção urinaria por repetição. Sempre é bom o acolhimento. Quando elas chegam para ouvir, acolher e orientar é muito gratificante’’, observou a gestante.

Fonte e foto assessoria

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp

Leia também