Aracaju, 6 de maio de 2024
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Hospital de Urgência de Sergipe implanta cirurgias de coluna de urgência

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Um avanço na assistência ao paciente que sofre um trauma de coluna. É assim que o Referência Técnica do Serviço de Neurologia do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), Artur Maynart Pereira Oliveira, define as cirurgias de coluna de urgência, recentemente implantadas para oferecer maior resolutividade às necessidades dos pacientes. Os procedimentos, realizados por dois profissionais da área, ocorrem entre 24 e 48 horas após a entrada do paciente na urgência hospitalar.

De acordo com Artur Maynart, até dois meses atrás os pacientes que sofriam um trauma na coluna ficavam internados no Huse esperando as transferências para o Hospital de Cirurgia, onde eram operados. “Agora, isso mudou, graças ao trabalho em conjunto entre os profissionais da área e a gestão do hospital, que conseguiram o aval da Secretaria de Estado da Saúde para a implantação do serviço”, salientou o especialista.

“A gestão foi sensível em ouvir os argumentos dos profissionais, que mostraram a necessidade do serviço e a importância de tratar imediatamente o paciente, evitando que ele fique esperando um ou dois meses pela operação. Por outro lado, com a implantação do serviço diminuiu a dependência do Hospital de Cirurgia”, disse.

O Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Urgência de Sergipe conta com 20 neurocirurgiões, que atuam em diversos setores como a Pediatria, UTI, enfermaria e Pronto Socorro.  No geral, o setor realiza uma média mensal de 20 procedimentos de urgência, segundo informou Artur Maynart, acrescentando que os pacientes são as vítimas de trauma de crânio, tiro na cabeça, acidentados de trânsito, Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, entre outras lesões.

Segundo Maynart, os acidentes de trânsito levam uma infinidade de pacientes para a urgência neurológica e, um trabalho realizado pela equipe do setor detectou que não é a moto o grande vilão. “A gente realizou aqui, ano passado, um trabalho interessante sobre os acidentes com os pacientes que sofreram trauma de coluna. O objetivo era detectar os fatores de risco e o questionamento era se as motos que a gente via nas ruas eram esse principal. Descobrimos que não”, relatou.

O trabalho revelou, entretanto, que o consumo de álcool, esse sim, é o grande causador dos acidentes de moto. “Coletamos dados durante um ano aqui no hospital e questionávamos a forma como o paciente chegava, as circunstâncias do acidente, onde tinha ocorrido, se zona rural ou urbana, enfim, abordávamos várias situações que nos levaram ao resultado ao qual chegamos. A grande maioria dos pacientes acidentados e que sofreram traumas foram pessoas que consumiram álcool”, concluiu.

Fonte e foto assessoria

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