“O sentimento é mais de revolta do que de tristeza”, destaca
Por Agência Brasil
O príncipe afirmou, durante entrevista exclusiva à Rádio Nacional na manhã desta segunda-feira (3), que vai emprestar peças do seu acervo particular para tentar restaurar parte das perdas ocorridas com o incêndio. “É uma vergonha. O sentimento é mais de revolta do que de tristeza”, afirmou D. Joãozinho. “Esse é um retrato do Brasil”, acrescentou ele indignado.
Para o príncipe, a responsabilidade é de todas as autoridades, sem exceção. “Os governantes têm obrigação de zelar pelo interesse público, sempre, pensando no futuro das gerações e do país”, disse. “O nosso futuro foi às cinzas hoje. Isso é muito simbólico. É o descaso total das autoridades.”
Família real
Entre os 20 milhões de itens que havia no Museu Nacional no Rio de Janeiro, estavam várias coleções relacionadas à família real brasileira. Criado em 1818 por D. João VI e com acervos que vieram dos descendentes, como D.Pedro II, responsável pela aquisição da maior coleção de múmias das Américas. No local, também estava o documento original da Lei Áurea, assinado pela princesa Isabel, filha de D. Pedro II, libertando os escravos.
“A família real brasileira nasce com o dever de servir o país independemente de quem é o governo. O homem público tem de ser um idealista”, disse ele ao ser questionado sobre o que o prejuízo representa para a família real brasileira.
*Com informações da Rádio Nacional
Foto Agência Brasil/Tânia Rêgo