Fase dois da Operação Open Doors mirou chefes e hackers do grupo
da Agência Brasil
De acordo com a Polícia Civil, foram furtados mais de R$ 30 milhões de contas bancárias em um ano, nos estados do Rio, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia.
As denúncias correspondem à segunda fase da operação Open Doors que, teve a primeira fase realizada em 9 de agosto do ano passado e agiu sobre o núcleo operacional da quadrilha, prendendo os cabeças, aliciadores e laranjas do esquema. Nesta nova etapa, foram acusados os cérebros da organização, aqueles que têm o domínio sobre o cometimento dos crimes, os chamados hackers, além de pessoas relacionadas à lavagem de dinheiro e outras funções operacionais.
Cantor sertanejo
Na cidade de Ponta Grossa, no Paraná, foi preso o cantor sertanejo Rick Ribeiro. De acordo com o Ministério Público, o artista também é hacker do grupo criminoso e usaria o dinheiro obtido com as fraudes bancárias para financiar seus clipes. O cantor comprava ainda carros de luxo com o dinheiro retirado das contas bancárias dos clientes, principalmente quem faz transação por meio de celular, os principais alvos da quadrilha. Rick Ribeiro tinha vários carros em seu nome: um deles avaliado em R$ 500 mil.
De acordo com o MP, os integrantes da organização adotaram mecanismos para camuflar a origem ilícita do produto de seus crimes econômicos, na figura típica conhecida como lavagem de dinheiro, por meio da utilização de laranjas na compra de terrenos, apartamentos e salas comerciais e para a ocultação de patrimônio.