Aracaju, 20 de abril de 2024
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SES orienta profissionais sobre a dispensação do Teste rápido para HIV em farmácias

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Os testes HIV já estão disponíveis em farmácias de Aracaju, com isso, as pessoas poderão fazer os testes em casa. Preocupada em orientar os farmacêuticos para que eles estejam preparados a passar todas as informações corretas aos clientes antes e depois que adquirirem os testes, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da gerência do Programa IST/AIDS e hepatites virais, com o apoio do Conselho Regional de Farmácia e Sindicato dos farmacêuticos de Sergipe, realizou um encontro, no Conselho Regional de Farmácia de Sergipe,  com cerca de 50 profissionais do segmento.

Com o tema  “HIV/AIDS e a dispensação do teste rápido na farmácia comunitária”, o gerente do Programa de IST/AIDS da SES, Dr. Almir Santana, palestrou e orientar os farmacêuticos acerca da implantação dos testes rápidos nas farmácias. Segundo Dr. Almir Santana, os testes rápidos chegaram a Sergipe em 2017 numa rede de farmácias e em 2018 em outra rede.  “O lado bom é as pessoas terem acesso ao teste. O lado que nos preocupa é em relação ao resultado, já que a pessoa estará sozinha em casa e vai interpretar o resultado. Para isso é importante que ela entenda como é e o que significa, tanto o resultado negativo, quanto o positivo”, diz Almir.

O usuário precisa estar atento, quando for realizar o teste, há quanto tempo teve sua última relação sexual. Existe um período chamado janela imunológica, de 30 dias e dentro dos 30 dias o resultado pode dar negativo e, nessa circunstância, não é um teste confiável. Dr. Almir explica que “ele vai ter que ir a um serviço de saúde para repetir o teste, pelo menos com mais 30 dias e depois com mais 30. Em torno de 60 a 90 dias depois da última relação sexual. Se o resultado do teste rápido der positivo, é importante lembrar que ele não é de diagnóstico, é de triagem, isto é, dando positivo ou reagente, vai ter que ser repetido num serviço de saúde”.

No serviço de saúde são realizados dois testes para o HIV. O teste de farmácia é apenas um, o que torna necessário que a pessoa procure o serviço.  Em Aracaju o principal serviço na rede pública é o Centro de Especialidades Médicas (Cemar) de Siqueira Campos, na rua Bahia, onde funciona o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA).

A vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRFSE), Larissa Feitosa Carvalho, informa que todo mês são realizados, no CRFSE, eventos de acordo com o calendário de educação permanente, voltados para a comunidade farmacêutica com temas relevantes.

“O evento de hoje é especial porque temos a presença do Dr. Almir Santana que desenvolve um excelente trabalho relacionado às DST ao longo dos anos e vem falar para os farmacêuticos sobre um conteúdo totalmente voltado aos colegas, prestando orientações sobre como deve ser feita a orientação para o cliente que vai à farmácia, seja ela comunitária, seja na atenção básica, em busca do teste rápido do HIV. Então ele vem tirar dúvidas dos nossos colegas e esclarecer alguns pontos para que a gente consiga prestar um serviço melhor para a sociedade”, informa Larissa, que complementa “nós farmacêuticos somos os profissionais habilitados para prestar essa orientação para o cliente que chega à farmácia em busca do teste. É importante que o cliente passe pela orientação do farmacêutico porque o resultado pode trazer vários significados e não é um teste de fechamento de diagnóstico, mas sim de triagem. Esse cliente precisa ser muito bem orientado de como executar o teste para não acontecer de dar um falso-negativo e o que ele deve fazer, principalmente, após o resultado. Saber conduzir esse usuário é muito importante, caso esse teste dê positivo”.

Para a conselheira federal de Sergipe, Maria de Fátima Cardoso Aragão, o profissional que está na ponta na farmácia comunitária que é o farmacêutico, é o elo entre todas as especialidades médicas, e pode desempenhar um papel relevante em educação de saúde. “É fundamental, na questão do kit para detectar a presença do vírus da AIDS, que esse profissional esteja preparado, conhecendo o manuseio e fazendo a educação em saúde na prevenção, pois o diagnóstico não é dado através desse kit que é uma triagem primária. Existe todo um preparo para se encaminhar um futuro paciente, se necessário, ao programa DST/AIDS”, reforça a conselheira.

Foto: Flávia Pacheco Ascom SES

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