Aracaju, 19 de abril de 2024
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Formalização através da Fundat contribui para a mudança de vidas

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“Na época da escola, não sabia muito bem o que eu queria ser, até que um dia uma pessoa disse que quando olhava para mim, não via foco nenhum em relação ao trabalho. Fiquei com isso na cabeça e o tempo foi passando, até que decidi que queria ter meu próprio negócio”, contou o microempreendedor, Luiz Pires, que, desde cedo, se empenha para conquistar seu próprio espaço no mercado de trabalho. O jovem, que há pouco formalizou a ‘Tupioca Sergipana’ como uma microempresa através da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), viu nas vendas de bolos de tapioca uma forma não só de incrementar a renda de casa, como também de crescimento e realização profissional.

Do ingresso no curso de Direito ao trabalho de frentista, Luiz sempre buscou em diferentes áreas de atuação algo que o completasse não só enquanto profissional, mas também que servisse como uma maneira de autoafirmação frente a todas as dificuldades enfrentadas até então. “Eu entregava currículos, ia para as entrevistas e muitas vezes não tinha sucesso. Isso me fez pensar que eu deveria fazer alguma coisa, levantar a cabeça e seguir em frente. E foi quando eu vi minha mãe fazendo o bolo de tapioca, pensei ‘isso é dinheiro’. E todas as vezes que eu precisei, o bolo me ajudou. Hoje, eu sei que é uma coisa que eu quero levar adiante, mesmo ainda querendo fazer um curso superior ou me especializar em algo para que eu leve isso adiante. Está sendo tudo de bom para mim, e foi através da Fundat que cheguei a me formalizar”, afirmou.

Entre os cubinhos de bolo e a porção de leite condensado que acompanha cada embalagem que Luiz cuidadosamente oferece aos clientes, existe muito mais do que a relação produto-venda. Para o jovem comerciante, o contato direto com os clientes e a sensação de trabalhar formalmente a partir de sua própria iniciativa é ainda mais recompensador. “É muito importante buscar evoluir profissionalmente, e nisso a Fundat ajuda muito com a atenção que dá para a gente. Acho importante ter me cadastrado, porque posso ter acesso ao auxílio doença, por exemplo. Apesar de já estudar Administração, agora penso em fazer outros cursos na Fundat, inclusive na área de alimentos. Por mais que eu queria administrar, gosto de conhecer meu produto”, contou.

Criatividade

Para se destacar em meio a tantas pessoas que comercializam produtos semelhantes, é preciso contar com a criatividade na hora não só de produzir o que será vendido, mas também na divulgação. Pensando nisso, Luiz tomou a decisão de criar um nome que fizesse diferença em sua microempresa. “Eu queria um nome próximo de tapioca, então fiquei dias pensando com minha família um nome interessante, tirando algumas coisas, colocando outras, até chegar na palavra ‘Tupi’, por lembrar tribos indígenas e o alimento de origem da tapioca, que é a mandioca. No final decidi por ‘Tupioca’, que depois se juntou à palavra ‘Sergipana’. Mas, apesar do nome, não penso em tornar as vendas algo só local, penso também em levar para fora do estado'”, completou.

Respaldo

A Fundat tem intensificado o trabalho para que cada vez mais pessoas possam conhecer os benefícios de se tornar um Microempreendedor Individual (Mei). De 2017 até o momento, 147 cidadãos já foram formalizados na capital, por meio da Fundação. De acordo com o assessor técnico da Cogpro da Fundat, Antônio Brás, muitos dos comerciantes não conhecem as vantagens asseguradas pela formalização do microempreendedor, porém, a Fundat não tem medido esforços para estimular a população nas comunidades.

“O apoio, em nossa vida pessoal e em nossa vida de empreendedor, é de suma importância, principalmente nesse trabalho que a Fundat vem desenvolvendo, levando ao empreendedor o suporte para que ele possa saber os seus direitos como Mei. Às vezes, ele perde a oportunidade por não saber justamente isso, principalmente aqueles direitos como auxílio maternidade, auxílio doença e a aposentadoria. Além disso, a gente leva alguns serviços que a Fundat proporciona”, ressaltou o assessor.

Atualmente, a Fundat contabiliza a realização de cinco edições do Encontro de Empreendedores, que acontece sempre em uma comunidade diferente da edição anterior. No evento, os participantes tanto podem adquirir informações a respeito do gerenciamento do próprio negócio, quanto sobre o cumprimento das normas exigidas pela vigilância sanitária, o cadastramento para se tornar Mei, e podem ter acesso aos bancos parceiros – Banco do Estado de Sergipe (Banese) e Banco do Nordeste – que disponibilizam microcréditos, podendo contribuir para o crescimento das microempresas.

Formalização

Os interessados em se tornar um Mei podem se dirigir à sede da Fundat, localizada na rua Pacatuba, 104, Centro, portando o RG, CPF, título de eleitor, comprovante de residência e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) (para os Meis que desejam emitir nota fiscal). Além disso, também é possível realizar a formalização através de eventos promovidos pela Fundat ou em que ela participa.

Foto assessoria

Por Alana Karolina Gois

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