Aracaju, 18 de abril de 2024
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Saúde orienta trabalhadores no cuidado com crianças com autismo

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Com o objetivo de preparar ainda mais os trabalhadores do Centro de Apoio Psicossocial (Caps) Infantil D. Ivone Lara, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) desenvolveu, nesta quinta-feira, 18, uma capacitação voltada ao aperfeiçoamento do trabalho desses profissionais.

O foco da ação foi o atendimento diário das crianças com necessidades especiais, como os autistas, por exemplo. As pessoas com autismo são livres dos padrões da sociedade e se relacionam de um jeito todo especial, cada um a seu modo. Mas, o que não pode faltar a essas pessoas, nem às suas famílias, é a presença do poder público, na promoção da inclusão social. O autismo se manifesta já nos primeiros anos de vida, e a oferta de terapias proporcionam mais qualidade de vida e desenvolvimento.

Na reunião, foram discutidos os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Aracaju, que oferta cuidados às pessoas em sofrimento psíquico, focando na promoção da atenção psicossocial junto aos usuários e às famílias, sempre de forma integrada. “Entre as atividades desenvolvidas no serviço estão as estratégias de reabilitação psicossocial, que buscam promover e intensificar ações de fortalecimento do protagonismo de usuários”, enfatizou a gerente do Caps Infantil de Transtorno Mental, Alessandra Aragão.

Diagnóstico

A apoiadora do Caps, Karem Emaniele, falou sobre a importância da avaliação de cada caso, para que se possa fornecer um diagnóstico preciso e um tratamento eficiente. “É importante salientar que cada pessoa é diferente e pode apresentar comportamentos diferenciados, o que exige um cuidado individualizado. Após o diagnóstico, os pacientes devem fazer uma série de tratamentos de habilitação e reabilitação a fim de estimular o desenvolvimento das potencialidades, o que demanda cuidados específicos e singulares de acompanhamento ao longo das diferentes fases da vida. O atendimento do autismo na rede pública pode ser realizado nos Centros de Atenção Psicossocial [Caps] e no Centro Especializado de Reabilitação [Cer II]”, explicou.

Para a psicóloga e referência técnica da Rede Atenção Psicossocial do Estado, Anusca Barros, nos primeiros anos de vida, alguns sinais podem indicar um possível autismo, como os sinais motores, sensoriais, fala e no aspecto emocional. “Caso alguns deles sejam identificados, os pais devem procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível, uma vez que a estimulação precoce é fundamental para o desenvolvimento dessas crianças. A gente tem que se adaptar à forma como o autista vê o mundo. Tanto o serviço tem que se adaptar, quanto a própria sociedade mesmo. Eles têm outra percepção e isso não quer dizer que é errado, só é diferente. Quando a gente passa a modificar a nossa visão a respeito deles, nós podemos entendê-los melhor”, enfatizou.

De acordo com a psicopedagoga da SMS, Elaine Campos, o desafio em toda a rede é qualificar e melhorar a identificação precoce. “Aqui, nós atendemos crianças e quanto mais cedo houver intervenção, melhor será a resposta aos tratamentos e a probabilidade de eles virem a serem adolescentes e adultos muito mais participativos, funcionais, no sentido de desenvolver suas ações cotidianas”, destacou.

Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju/SE

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