Aracaju, 12 de maio de 2024
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OSTEOPOROSE PODE SER DESENVOLVIDA NA INFÂNCIA, DIZ MÉDICO

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Ossos frágeis e vulneráveis às fraturas são duas das principais consequências da Osteoporose. Segundo definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), essa é uma doença metabólica óssea sistêmica, sendo caracterizada, essencialmente, pela diminuição da massa óssea e danificação da microarquitetura do tecido ósseo. Muitas das vezes ela está atrelada ao envelhecimento. Porém, a Osteoporose também pode atingir crianças.

Fatores como idade, raça, gênero e nutrição podem implicar diretamente no desenvolvimento ou não da doença. Por exemplo, pessoas com idade avançada e mulheres estão mais vulneráveis à Osteoporose. Desnutrição, doenças intestinais e uso crônico de medicamentos podem impulsionar a progressão da Osteoporose ainda quando criança aponta o ortopedista pediátrico Dr. Rafael Gonçalves. “As crianças podem ser acometidas pela Osteoporose Secundária a doenças crônicas, sendo a primária de ocorrência rara. Desnutrição, doenças intestinais, doenças que levem à má absorção de nutrientes, asma, paralisia cerebral, neoplasias e até mesmo o uso crônico de alguns medicamentos, estão relacionados ao desenvolvimento da doença na infância”, informa o Dr. Rafael.

A Osteoporose primária também é conhecida como fisiológica. Ou seja, ela surge devido ao processo natural do envelhecimento e pela diminuição do cálcio no organismo. Já a secundária é acometida quando outras doenças que comprometem a massa óssea são a causa.

A autônoma Maria Lúcia dos Santos, de 32 anos, sofre de Osteoporose desde a infância, devido às doenças intestinais. “Essa é uma doença silenciosa e ninguém imaginava que eu, tão jovem, iria sofrer dessa problemática. Meus pais também não tinham muitos conhecimentos e nem muitos recursos para entrar com um tratamento”, diz. Após sofrer uma fratura na escola, enquanto brincava, o diagnóstico foi confirmado. Com isso, teve que se habituar a adaptar costumes cotidianos e tomar cuidados redobrados. “Eu tive que deixar de fazer várias coisas. Na minha rotina, tive que inserir cuidados como exercícios, dentro da minha possibilidade, e uma alimentação associada com a ingestão de cálcio. Meus pais também ficavam me controlando, sempre me alertando para ter cuidado”, declara Maria Lúcia.

Nesses casos de diagnóstico ainda na infância, a vigilância é um dos pontos mais importantes, como pontua o ortopedista pediátrico. “É fundamental vigilância no caso das crianças que são portadoras dessas condições, para que o risco de fraturas seja diminuído e não haja prejuízo ao desenvolvimento ósseo-articular”, pontua o Dr. Rafael Gonçalves.

As fraturas são uma das consequências mais temidas da Osteoporose. Os punhos, fêmur proximal e úmero proximal são locais de maiores incidências. De acordo com um estudo divulgado pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, sigla em inglês), até 2050 deverá haver um aumento de 32% na incidência de fraturas entre os brasileiros que sofrem da doença. O Dr. Rafael Gonçalves explica que o tratamento da doença é multidisciplinar com intervenções nutricionais, práticas de exercícios e medicamentos que possam agir tanto na formação óssea quanto fármacos que diminuem a reabsorção óssea. Para ele, a prevenção ainda é o melhor remédio. “Alimentos ricos em cálcio, exposição solar, mudanças de hábito, já que o fumo e álcool tem efeito negativo sobre o metabolismo ósseo, e implementação de atividades contra gravidade são estratégias importantes na prevenção”, frisa o ortopedista pediátrico Dr. Rafael.

Fonte e foto assessoria

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