Aracaju, 26 de abril de 2024
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Huse disponibiliza ambulatório para acompanhamento de pacientes que sofreram AVC

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O Ambulatório de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), desde junho deste ano está à disposição dos pacientes que, após atendimento hospitalar, precisam manter um acompanhamento com neurologista, procedimento essencial para o sucesso do tratamento. São disponibilizadas aos pacientes dez vagas por semana.

O neurologista e coordenador do Ambulatório Neurovascular do HUSE, Dr. Eric Állan Nunes Carvalho, informa que é fundamental que os pacientes mantenham acompanhamento com neurologista e essa era umas das deficiências encontradas no serviço público. Após a alta, o paciente não conseguia agendar uma consulta com o especialista. Atualmente, os pacientes no momento da alta já são encaminhados para o ambulatório de AVC com os exames necessários solicitados.

O AVC, que há alguns anos era mais comum em homens por conta da pressão alta, diabetes, sedentarismo, colesterol alto, maior consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo, é uma doença em que ocorrem falta oxigênio e nutrientes em alguma região do cérebro. “Entretanto, a incidência está aumentando mais nas mulheres por estarem adotando os mesmos maus hábitos de vida, além de um aumento no risco de AVC pelo uso de alguns tipos de anticoncepcionais”, ressalta Dr. Eric.

Tipos de AVC

Os tipos de acidente vascular cerebral são: isquêmico ou hemorrágico. No caso do AVC isquêmico, há obstrução em uma artéria impedindo que chegue sangue ao cérebro. Já no hemorrágico, a artéria se rompe, causando um sangramento dentro do cérebro. Independentemente do tipo, é importante lembrar que o AVC é considerado uma emergência e deve se procurar atendimento médico imediatamente.

No Brasil, os últimos dados disponíveis são de 2014 e apontam mais de 150.000 internações, sendo estimados entre 68.000 a 100.000 óbitos por ano. No HUSE, são atendidos cerca de 35 casos novos de AVC por semana. “Esses dados devem ser maiores, pois muitas pessoas não procuram atendimento médico” explica o neurologista.

Como reconhecer um AVC e o que fazer?

Os sintomas mais comuns são: dificuldade para falar, a boca ficar torta e fraqueza ou dormência em um lado do corpo. Outros sinais como perda da visão, dor de cabeça, tontura e sonolência também podem aparecer.

De acordo com o neurologista, ao desconfiar que alguém está sofrendo um AVC, algumas dicas são importantes como: pedir para a pessoa sorrir, falar e levantar os braços. “Caso se note a boca torta, a voz diferente (embolada) ou fraqueza, deve-se chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) imediatamente. Em geral, quanto antes a pessoa iniciar o tratamento, menores serão a gravidade e as sequelas. Em média, 1,9 milhão de neurônios morrem a cada minuto após um AVC” diz o médico.

“Apesar de grave, o AVC tem tratamento e é uma doença prevenível em cerca de 80% dos casos. Manter hábitos de vida saudáveis e consultas médicas regulares reduzem significativamente o risco. Em caso de dúvida quanto aos sintomas, procurem imediatamente o serviço de saúde mais próximo ou liguem para o SAMU. O menor tempo para o diagnóstico é fundamental para o sucesso do tratamento e a menor gravidade possível das sequelas. Não adianta ‘esperar para ver se melhora’”, conclui Dr. Eric.

Foto: Flávia Pacheco

ASCOM SES

 

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