Aracaju, 13 de maio de 2024
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Mês de novembro começou e com ele a Campanha Novembro Azul

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O mês de novembro começou e com ele a Campanha Novembro Azul, que tem o objetivo de esclarecer a população (especialmente os homens) sobre as doenças masculinas, enfatizando a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata. No Brasil, a campanha é realizada desde 2008 com o apoio da Sociedade Brasileira de Urologia. A clínica Onco Hematos se engaja nesta luta e chama atenção para os cuidados com a saúde do homem.

O câncer de próstata é o mais comum entre os homens, desconsiderando os tumores de pele não melanoma. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em todo o Brasil, a estimativa é que 68.220 novos casos sejam diagnosticados no biênio 2018-2019, o que significa um caso novo a cada sete minutos. Em Sergipe, estima-se 700 novos casos para este ano. Outros dados informam que um homem morre desta doença a cada 40 minutos no Brasil.

De acordo com o urologista da Onco Hematos, André Yoichi, o mais importante é que o homem não deixe de ir ao médico e façam os exames de rotina frequentemente. “Com o diagnóstico precoce a chance de cura pode chegar a aproximadamente 90%, porém quando os sintomas aparecem 95% dos casos já estão em fase adiantada, e infelizmente 20% dos casos ainda são diagnosticados tardiamente, o que leva 25% dos portadores deste câncer a morrer em decorrência das complicações da doença”, explica.

As causas do câncer de próstata não são específicas, mas há uma relação clara entre a idade e o aumento de sua incidência, sendo incomum antes dos 45 anos e apresentando uma frequência progressivamente maior conforme a idade do paciente. Para o urologista oncológico, o histórico familiar também é relevante. “Se um parente de primeiro grau (pai ou irmão) já desenvolveu a doença, o risco é maior. Possuir um parente de 1º grau aumenta em 2 vezes a chance de doença e a presença de dois parentes o risco é 6 vezes maior”, enfatiza Dr. André, destacando ainda que a questão racial pode ser importante no desenvolvimento do câncer de próstata e que hábitos alimentares também podem contribuir no risco, pois alguns estudos mostram que uma dieta rica em carne e gordura animal aumenta o risco de doença.

Exames Periódicos

Como as chances de cura são maiores quanto mais precoce for o diagnóstico e antes do aparecimento de possíveis sintomas, existe a recomendação para realização de exames periódicos a partir dos 50 anos para a população em geral e a partir dos 45 anos para aqueles com histórico familiar, afrodescendentes e obesos.

O exame periódico para detecção precoce consiste na realização do exame da próstata pelo toque retal e da coleta de um exame de sangue, o PSA (sigla em inglês para antígeno prostático específico). “Até 20% dos casos de câncer de próstata podem ser suspeitados exclusivamente pelo exame de toque, em geral, feito pelo urologista, que dura poucos segundos e é indolor. O PSA é mensurado no sangue e cabe ao urologista interpretar o resultado, já que também pode estar alterado em outras doenças da próstata, como na hiperplasia benigna da próstata e na prostatite (infecção e inflamação da próstata)”, afirma o urologista.

A confirmação da doença é feita através da biópsia de próstata, um procedimento em que fragmentos da próstata são retirados para análise laboratorial. Outros exames também podem ajudar e são requeridos de acordo com a necessidade, como tomografia, ressonância e cintilografia.

Sintomas

A doença em sua fase inicial não apresenta sintomas. As queixas miccionais geralmente estão relacionadas a hiperplasia benigna da próstata, outras queixas como sangue na urina podem estar relacionadas a doenças da bexiga, do rim ou até mesmo infecções, então uma avaliação urológica muitas vezes é necessária para esclarecer a real origem desses sintomas. “Já em casos mais avançados podem haver queixas locais ou em outras partes do corpo em decorrência do avanço da doença pelas metástases, são elas: Micção frequente; Fluxo urinário fraco ou interrompido; Vontade de urinar frequentemente à noite; Sangue na urina ou no líquido seminal; Disfunção erétil; Dor no quadril, costas, coxas, ombros ou outros ossos, se a doença se disseminou; e/ou fraqueza ou dormência nas pernas ou pés”, explica Dr. André Yoichi.

Tratamento

Hoje os avanços da medicina ampliam cada vez mais o número de opções de tratamento, beneficiando o paciente através da implementação da tecnologia na cirurgia, na radioterapia e no desenvolvimento de medicações. “A cirurgia, antes realizada pela técnica tradicional aberta, hoje tem como opções a cirurgia vídeo laparoscópica e a cirurgia robótica, que permitem um procedimento seguro para o paciente, com maior precisão. Outras vantagens destas técnicas são a menor taxa de perda sanguínea, menor período de internamento, menor taxa de dor, cicatriz menores e mais estéticos”, salienta.

A radioterapia também se beneficiou dos avanços da tecnologia ganhando maior precisão, o que significa menores taxas de complicações e maior eficácia. Os medicamentos também são desenvolvidos com maior eficácia em sua ação e têm cada vez menos efeitos colaterais.

Ascom/Onco Hematos

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