Aracaju, 19 de abril de 2024
Search

Vitória da chapa “BolsoDória” impõe PT na oposição e reformulação no PSDB!

 Há uma mudança nítida no perfil do eleitorado brasileiro. O resultado do 2º turno do pleito do último domingo (28), ainda requer algumas interpretações. Uma das principais “alterações” está no sentimento de indignação cada vez mais explícito. As pessoas tinham certa “repulsa” com a classe política, mas geralmente não manifestavam isso publicamente. Agora o cidadão, aparentemente, está mais “cansado”, já não se deixa levar mais por discursos ou temas que não são relevantes ao ponto de gerarem qualquer tipo de interferência na escolha do candidato.

Assim como no futebol, quando costumamos usar a expressão, “a bola pune”, quando um time, supostamente favorito a vencer aquela partida, acaba surpreendido, o mesmo já podemos repetir com a política e com a urna eletrônica. E em 2018 a população brasileira, decidiu por maioria dos votantes, que era a hora de não eleger “qualquer nome” indicado pelo ex-presidente Lula ou do Partido dos Trabalhadores. Pode-se dizer que, sem exageros, o povo decidiu colocar o PT na oposição, elegendo Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência.

Não se concebe outra realidade que não seja com os petistas atuando na oposição, cobrando e fiscalizando o governo federal. Esse será o papel, por exemplo, do senador eleito Rogério Carvalho (PT) e do deputado federal reeleito João Daniel (PT). Em síntese, a vitória de Jair Bolsonaro sinaliza a oposição como um “caminho natural” para o Partido dos Trabalhadores, que agora vai precisar se reestruturar sem o comando direto do ex-presidente Lula, condenado e preso na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR). Este será outro desafio do PT…

Mas ainda sobre o resultado da eleição, olhando o panorama nacional, há de se analisar também as projeções para o PSDB. Ainda é cedo para se ter uma definição sobre o futuro da legenda, quanto ao governo de Bolsonaro, mesmo porque durante a eleição presidencial ele foi duramente criticado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo também presidenciável Geraldo Alckmin. Por sua vez, contrariando até o “ninho tucano”, o governador eleito de São Paulo, João Dória (PSDB), foi de encontro sua própria legenda e “colou” sua campanha no presidente eleito.

João Dória foi eleito prefeito de São Paulo, em 2016, com uma vitória “acachapante” já no 1º turno. Quando todos imaginavam que ele cumpriria o mandato até o final, ele “ensaiou” disputar a presidência da República pelo PSDB. Sem a maioria na legenda, recuou e disputou o governo combatendo até alguns aliados do partido. Saiu vencedor do processo em meio a tantas derrotas tucanas e, para muitos, surge como uma nova liderança, com bom discurso e um orçamento gigante para administrar, além de força política suficiente para “peitar” caciques como FHC e Alckmin. Ou seja: a vitória da “chapa BolsoDória” coloca o PT na oposição e propõe uma reformulação tucana…

Veja essa!

Em entrevista na manhã dessa segunda-feira (5), na FAN FM, o coordenador da bancada federal de Sergipe, deputado Jony Marcos (PRB) rebateu os “ataques” feitos, semana passada, pelo ex-governador Jackson Barreto (MDB). JB o acusou e o PRB de “Madalenas arrependidas” por decidirem retornar ao governo no 2º turno da eleição.

E essa!

Jony Marcos explicou que o PRB deixou o governo na Sexta-Feira Santa, quando entregou os cargos ao ainda governador Jackson Barreto, que tinha anunciado que não disputaria o Senado, mas “depois pegou a vaga de Heleno Silva na chapa”, disse, acrescentando que “Heleno tinha o direito de disputar e procurou o seu espaço”.

Jony Marcos

Ainda na entrevista, Jony reconheceu que o resultado da eleição foi ruim par ao PRB, que partido vai tentar se reestruturar, e que se Heleno perdeu para o Senado, Valadares (PSB), André Moura (PSC) e o próprio JB, que apareciam bem posicionados nas pesquisas, também saíram derrotados.

Traição?

Jony surpreendeu a todo mundo quando falou em “traição”. Deixou algumas reflexões, quando disse que “traição na política é você ficar no governo de Belivaldo Chagas até o último momento e depois sair para a oposição”. Resta saber para que “endereço” foi o “recado” do deputado federal…

JB deselegante I

Jony Marcos rebateu o ex-governador lembrando que sempre o serviu como parlamentar e aliado e que sempre foi muito elogiado por isso. “JB foi deselegante, atacou pessoas e não políticos. Mas quem sou eu para tentar corrigir um homem de quase 80 anos?”.

JB deselegante II

Ainda sobre Jackson Barreto, Jony Marcos concluiu dizendo que “um homem que tem formação religiosa, que hoje fala mal de todo mundo e amanhã tá na procissão? Quem sou eu para ensinar a alguém que já foi governador? Acho que ele precisa ter um comportamento diferente, porque pessoas públicas se tornam espelhos! E por trás de uma pessoa existe sempre uma família”.

Bomba!

Após o “sonoro” almoço que ofereceu recentemente em sua Mansão com a presença do procurador-geral do MPE, Rony Almeida e outros membros daquele órgão, o “telefone do Palácio dos Despachos” informa que o empresário Luciano Barreto (CELI) convidou para outra recepção, semana passada, agora o governador reeleito Belivaldo Chagas.

Exclusiva!

Pelo visto o “galeguinho” não gostou muito do “cardápio” do convite. A informação é que o governador agradeceu o almoço por razões de “dieta” e, por enquanto, não reservou espaço em sua agenda para um novo encontro. Após a vitória nas urnas, agora está focado em “cortar calorias” e cuidar melhor da saúde…

Bolsomídia

É o comentário da mídia nacional: atores da Rede Globo estão divididos após a eleição presidencial entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. As informações são de divergências internas, boicotes a profissionais e artistas na emissora que apoiaram o presidente eleito. A que ponto chegou o processo eleitoral no Brasil…

Campanha pela Paz

Este colunista mantém a linha do comentário anterior: a eleição já acabou, é tempo de paz, de muitas reflexões. Quem ganhou, tem que celebrar; quem perdeu, precisa aceitar o resultado. Mas o importante é que o Brasil precisa se unir, precisa retomar o crescimento, gerar emprego e renda. O País não precisa de um 3º turno, mas de paz…

Alto lá, Doutor!

Eleito senador da República pelo PT e com encaminhamento para fazer oposição ferrenha ao governo de Jair Bolsonaro em Brasília, Rogério Carvalho não demorou a “mostrar as garras” para alguns aliados. O “doutor” já situa o PT para 2020 e 2022. Imagine se Fernando Haddad fosse o presidente eleito?

CRÍTICAS E SUGESTÕES

habacuquevillacorte@gmail.com e habacuquevillacorte@hotmail.com

Leia também