Aracaju, 16 de abril de 2024

Aparecida: pobreza extrema volta a assombrar sertanejos

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A indústria da seca, a negligência dos governantes, a repetição de enredos cujos personagens padecem pelos efeitos climáticos mas sobretudo pela ausência de políticas públicas que promova e protejam o sertanejo do flagelo das secas é tão recorrente quanto a certeza que o sol nascerá nas primeiras horas da manhã. Assim como na primorosa obra do alagoano Graciliano Ramos ainda existem muitos Fabianos, Sinhás Vitória, cadelinhas Baleia, espalhados pelo semiárido brasileiro em famintos, sofridos, lutando cara a cara, diariamente com a fome, a morte.

Um caso triste vem chamando a atenção de quem passa pela rodovia Rota do Sertão, na altura do povoado Lagoa do Veado em Nossa Senhora Aparecida, médio sertão sergipano. O homem conhecido apenas por “seu’ Rivaldo, vive em uma minúscula barraca feita de retalhos de pano e plástico e pedações de paus.

A penúria é tanta que muitas pessoas estão se mobilizando e levando alimentos para ele se alimentar, diminuindo, em parte o sofrimento, a solidão, o perigo de viver quase ao relento e sem ninguém que zele por ele.

Infelizmente o agravante desta situação é que a Assistência Social do município de Nossa Senhora Aparecida não fez nenhuma intervenção para retirar seu Rivaldo da situação de pobreza e exposição.

Voluntários e anônimos é quem tem buscando levar ao homem que, assim como as personagens de Graciliano, batalha para sobreviver, sem saber o que o amanhã lhe aguarda e tendo a única certeza: deverá ser forte para levantar de sua cama improvisada e buscar na vegetação seca que margeia seu barraco algo para se alimentar.

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