Aracaju, 23 de abril de 2024
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Mês da consciência negra foi realizado no museu da gente sergipana

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Nos dias 20 e 21 de novembro, aconteceu no Museu da Gente Sergipana Governador Marcelo Déda o evento ‘Mês da Consciência Negra: As Taieiras de Laranjeiras – Dança e Tradição’. No dia 20 houve a exibição do documentário ‘Taieiras’, do diretor Pascoal Maynard, e após a exibição, uma roda de saberes. Mediada pela professora Lina Regina, da Universidade Federal de Sergipe.O evento contou ainda com a presença da mestra do grupo Taieiras, Bárbara Cristina, do diretor do documentário, e do bailarino e pesquisador Leandro Matos.

Com o objetivo de discutir o tema abordado, além de incentivar jovens e adultos a conhecer e valorizar ainda mais a cultura sergipana, estudantes da Colégio Estadual Prof. Ofenísia Freire e o público em geral, participaram do momento de conversa.A mestra do grupo das Taieiras, Bárbara Cristina, destacou a importância destas discussões para “que todos possam conhecer, tanto a cultura das Taieiras quanto outras culturas, eoutros grupos folclóricos”. O diretor do documentário, Pascoal Maynard, acredita que produções como essa sãomuito importantes para que as pessoas gostem do que é da terra. “Muitos presentes não sabiam quem eram as Taieiras, mas agora sabem, e eu tenho certeza que essa conversa conseguiu despertar algo neles. Precisamos conhecer mais histórias como esta”, completouo diretor.

Já no dia 21, aconteceu a oficina ‘Dança e Tradição: experimentos corporais baseados nas Taieiras de Laranjeiras’, com o bailarino e pesquisador Leandro Matos. A professora de artes Lena, do Centro de Excelência Maria Ivanda de Carvalho Nascimento, que fica no bairro 18 do Forte, trouxe seus alunos do 1º ano do Ensino Médio para participar. “Essa oficina foi linda demais, veio a calhar, porque essa turma está estudando este folguedo. E através de um projetofoi construída uma identidade da cultura popular na escola, e o folclore é usado como ferramenta pedagógica”, disse a professora. Segundo o bailarino, Leandro Matos, “poder ministrar esta oficina foi uma honra e também uma satisfação. Ontem por participar de uma mesa, com a mestra das Taieiras. E foi gratificante porque falamos de arte sergipana, que é uma arte que precisamos valorizar e conhecer mais”.

A ideia do ‘Mês da Consciência Negra: As Taieiras de Laranjeiras – Dança e Tradição’surgiu através de reuniões de planejamento, e como esse ano teve a inauguração do Largo da Gente Sergipana, foi decidido que a temática da consciência negra seria inspirada nas manifestações que estão presentes no Largo. “Escolhemos as Taieiras por serem de Laranjeiras, por serem um grupo de resistência, brincado por mulheres negras, onde há presença de homens, mas a maioria são meninas. Além de Laranjeiras ser uma cidade de resistência, marcada pela escravatura em Sergipe. E justamente por isso escolhemos este grupo. Dessa forma o Museu pode dar destaque e colocar em pauta a importância de se preservar a manifestação, principalmente trazendo as escolas, que muitas vezes não conhece a sua própria cultura”, disse a supervisora do Museu Karla Jamylle.

Por Manuella Miranda

Foto assessoria

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