Aracaju, 24 de abril de 2024
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SINDICATOS ESCUTAM POPULAÇÃO SOBRE REFORMA PREVIDÊNCIA

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“O brasileiro precisa enxergar seu valor e se unir para não perder direitos”, afirmou o chileno Carlos durante enquete no Calçadão em Aracaju

por: Iracema Corso

Empresários devem R$ 543 bilhões à Previdência brasileira, você sabia? A população do Centro de Aracaju respondeu a esta e outras perguntas da enquete realizada pelo movimento sindical na manhã da quinta-feira, dia 22 de novembro, Dia Nacional em Defesa da Previdência Pública e Seguridade Social.

Unidos, os sindicatos filiados, a Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), CTB e Conlutas ouviram 380 pessoas que transitavam pelas ruas do Centro de Aracaju. Entre estas pessoas, 340 afirmaram que preferem a Previdência Pública do que a Previdência Privada; esta última foi escolhida por 40 entrevistados.

E qual a credibilidade do governo e dos grandes meios de comunicação quando afirmam que a Previdência Pública do Brasil está falida? Uma credibilidade pequena, 322 pessoas não acreditam que a previdência está falida e só 58 pessoas concordam com discurso de ‘rombo da previdência’.

Diretora de Comunicação da CUT/SE, Caroline Santos conversou com a população e descobriu que 152 entrevistados não sabiam que empresários devem R$ 543 bilhões à Previdência Pública, segundo dados divulgados pelo próprio governo. Os empresários que devem à Previdência Pública Brasileira querem o perdão dessa dívida, o movimento sindical levou a seguinte reflexão: com a Reforma da Previdência que volta a ser discutida, quem irá pagar essa conta?

Caroline Santos explicou que a contribuição dos trabalhadores já é descontada todo mês de seu salário, os empregadores também devem pagar a sua parte. “Este ano até o período eleitoral falou-se muito pouco sobre a reforma da previdência… Mas agora que a eleição passou, ela voltou à tona. Temos um governo federal que vai assumir e o ministro de Bolsonaro já afirmou antes de assumir que a reforma da previdência é super necessária: mas é necessária para quem? Queremos que as pessoas reflitam em torno do que vem por aí. No ano passado, a luta dos trabalhadores fez com que a reforma da previdência não fosse aprovada. E este ano, os trabalhadores brasileiros vão aceitar pagar essa conta duas vezes?”, questionou.

Para o professor Dudu, Rubens Marques, presidente da CUT/SE, a atividade foi muito positiva. “Viemos saber qual a expectativa da população sobre a proposta de Reforma da Previdência que o governo de Bolsonaro quer implantar. Foi uma manhã de interação e diálogo”.

Entre os entrevistados que transitavam pelo Centro de Aracaju, o chileno Carlos, de 78 anos, vivenciou no Chile a ruína da Previdência Pública através de um modelo bem parecido com a Reforma da Previdência que a extrema direita quer implantar no Brasil. “O futuro presidente do Brasil quer acabar com a Previdência dos brasileiros com um modelo de previdência parecido com o do Chile que tirou todo o dinheiro dos aposentados. Os aposentados do Chile estão sofrendo porque não têm dinheiro e o governo ainda quer confiscar a casa dos aposentados chilenos. Vão botar os aposentados na rua. Existem leis que são muito fascistas. O povo brasileiro tem que ficar atento e se valorizar. Percebi muito fanatismo religioso e isso é perigoso. O fanatismo religioso não ajuda ninguém. Cada pessoa, cada um de nós temos valores humanos essenciais. O brasileiro precisa ver isso, enxergar a si mesmo, reconhecer os seus valores, se valorizar, respeitar o outro e se unir pelo bem de todos os brasileiros”, observou.

Foto assessoria

 

 

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