Aracaju, 23 de abril de 2024
Search

FECHADO ACORDO COLETIVO DOS TRABALHADORES DO SEGMENTO LOJISTA

6

A luta dos trabalhadores do segmento lojista garantiu agora em novembro o  fechamento da Convenção Coletiva 2018, após dez meses de negociação com o setor patronal. Segundo o presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Sergipe (Fecomse), Ronildo Almeida, foram várias rodadas de negociação para assegurar conquistas à categoria, cuja data-base é em janeiro.  “Conseguimos fechar o acordo com reajuste retroativo a janeiro, em 2,5%, ratificando todas as cláusulas da Convenção Coletiva anterior, como triênio, quebra de caixa, feriado trabalhado com gratificação com  recebimento imediato, hora extra com 100% de adicional, entre outros pontos”, explica.

No processo de fechamento das convenções coletivas dos trabalhadores do comércio e serviços, conduzido pela Fecomse e sindicatos filiados, houve avanços também para o segmento de supermercados. “Conquistamos reajuste retroativo de 2,5% e ratificação de todas as cláusulas da Convenção Coletiva anterior”, conta Almeida.

Os pisos das categorias ficaram estabelecidos em R$ 1.020,00 e R$ 1.035,00 para supermercados (varia de acordo com a função) e R$1.025,00 para lojistas.

Negociações continuam – O sindicalista lembra, no entanto, que ainda existem segmentos cujos acordos coletivos estão em aberto. “Veja bem: nós estamos falando de reajuste salarial, onde temos datas-bases em janeiro e maio, e muitas negociações estão abertas, como farmácia, atacadistas em geral, concessionárias, varejistas de Tobias Barreto, tintas e derivados da construção. A Federação tem procurado a paz, o caminho da negociação e, claro, buscar resultados para os trabalhadores.”, argumenta Almeida.

Nesse sentido, o presidente da Fecomse apela à sensibilidade dos empresários para que atenda as reivindicações das demais categorias do comércio. “Os trabalhadores estão fazendo a sua parte, que a sua jornada diária. O que estamos defendendo é que o setor patronal, no mínimo, pague aos trabalhadores as dívidas desses períodos que estão em aberto. Os patrões entram com o capital e os trabalhadores com a mão de obra, entramos com nossa força de trabalho. É isso que faz gerar a empresa”, defende Almeida.

“Os ricos, os donos de empresas, precisam entender que eles não têm problemas financeiros. Quem tem problemas financeiros, inclusive, para manutenção de suas famílias, é o trabalhador, que tem uma média salarial baixa. Então, é vergonhoso, um rico, que tem na mesa o que comer e dinheiro para pagar a suas contas, impor ao pobre, ao trabalhador, passar necessidades”, argumenta o presidente da Fecomse.

Por Tereza Andrade

Foto assessoria

Leia também