Aracaju, 23 de abril de 2024
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Cirurgiã- dentista fala sobre diagnóstico, sintomas e tratamento do câncer de boca

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) traz informações importantes sobre a doença o câncer de boca, que de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é um problema de saúde pública.O Hospital de Urgência (HUSE), unidade gerenciada pela SES conta com o serviço de Odontologia da Oncologia, presente na equipe multiprofissional, composto por cinco profissionais, cirurgiões-dentistas, capacitados para atender os pacientes oncológicos, sendo responsáveis pelo diagnóstico dos cânceres de boca e preparo da boca de todos os pacientes oncológicos que serão submetidos à quimioterapia como também dos que serão submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço e os que estão internados na oncologia

De acordo com a referência técnica da Odontologia da Oncologia do Huse, cirurgiã- dentista, Dra. Elaci Maria Alcântara Machado, o serviço no Huse realiza, também, restaurações, exodontias, profilaxias, raspagem e procedimentos básicos em apoio aos oncologistas e, ainda, acompanhamento dos pacientes com mucosite oral proveniente da quimioterapia e radioterapia de cabeça e pescoço, inclusive com a aplicação de laser de baixa potência, terapia essa bastante utilizada em centros oncológicos de todo o país.

Sobre o diagnóstico, ela explica que o câncer de boca afeta os lábios e o interior da cavidade oral. O interior da boca compreende gengivas, mucosa jugal (bochechas), palato duro (céu da boca), língua (principalmente as bordas) e assoalho (região embaixo da língua). O câncer de lábio é mais comum em pessoas brancas e ocorre mais frequentemente no lábio inferior. “Toda lesão na boca que não cicatriza por mais de 15 dias, apesar do tratamento efetuado, pode ser suspeita de câncer de boca. Os fatores de riscos para o câncer de boca, além do fumo e do álcool, são exposição ao sol, má condição de higiene oral, herança genética e, atualmente, o aumento da presença do vírus HPV na cavidade oral”, explica Dra. Elaci.

O diagnóstico é feito através da biópsia e posterior exame anátomo-fisiológico que, juntamente com o exame clínico, fatores de riscos e condição clínica do paciente, o tratamento será norteado. “O cirurgião-dentista é o profissional capacitado para realizar essa biópsia em se tratando de tumoração em cavidade bucal” diz a referência técnica que complementa “identificar o câncer de boca pode partir inicialmente do próprio paciente quando ele realiza o seu autoexame da cavidade oral, observando se tem feridas, sangramentos ou qualquer outra anormalidade. Porém a visita periódica ao cirurgião-dentista é primordial”.

Sintomas

Os principais sinais que devem ser observados são: lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas e placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca, bochecha, nódulos (caroços) no pescoço e rouquidão persistente.

Tratamento

Quando diagnosticado no início e tratado da maneira adequada, 80% dos casos desse tipo de câncer tem cura. “Como qualquer câncer, o diagnóstico precoce vai influenciar por demais no tratamento e prognóstico do paciente. Uma vez confirmado o diagnóstico, o paciente poderá ser tratado com cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia”, ressalta Dra. Elaci.

Prevenção

Para prevenir o câncer de boca, hábitos saudáveis são fundamentais como, por exemplo, deixar de fumar, cuidar da saúde da boca, frequentar periodicamente o médico e o dentista.

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