Aracaju, 25 de abril de 2024
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Censura! Belivaldo centraliza comunicação pública aos “amigos do rei”!

Dentro do “pacote de medidas” anunciadas para reduzir o “caos” nas finanças do Governo de Sergipe, o governador Belivaldo Chagas (PSD), na avaliação deste colunista, acertou em exonerar todos os cargos comissionados da administração e recontratar aqueles que, de alguma forma, contribuem para o desenvolvimento do Estado. Mas, como “nem tudo são flores”, o “galeguinho” se equivoca quando decide por fim às assessorias de imprensa dos órgãos públicos e das secretarias, centralizando a comunicação pública na Secom, sob o comando de Sales Neto.

Diga-se de passagem, o comentário não tem nada de pessoal contra o agora “supersecretário” do governo, que está ali fazendo seu papel, exercendo sua função de confiança. Mas a leitura que o governador faz da Comunicação Social, pelo visto, está um tanto distorcida. Belivaldo precisa “pisar”, literalmente, no chão e dialogar mais com os segmentos. Teve uma votação espetacular nas urnas, em outubro, mas se achar que vai governar sozinho, logo voltará a sentir as fortes cobranças nas ruas, seja dos adversários políticos, seja principalmente da população.

Não estamos falando de uma mudança pontual, algo factual, mas da construção de uma nova política de comunicação, definida a toque de caixa e repique de sino, sem dialogar com os representantes da categoria, sem a humildade de ouvir profissionais da área, sua própria equipe de auxiliares e a sociedade em geral. Certamente a maioria dos assessores de imprensa que está sendo demitidos do Estado, vive diariamente a realidade dos seus órgãos, contam com a confiança de seus respectivos secretários e estão em sintonia com os acertos e erros daquela “empresa”.

Quando o Sindicato dos Jornalistas questiona as demissões ao governador, diferente do que ele pensa e diz, não se trata de uma “intromissão na gestão” – o que não deveria ser nada demais, aliás, seria uma concepção democrática do gerir – mas de uma entidade de classe que está atenta e em sintonia com os problemas da categoria, como desemprego em alta, desvalorização salarial e diminuição do mercado de trabalho. Felizes dos jornalistas sergipanos que possuem vez e vozes para defenderem seus interesses e, principalmente, a sua função social.

Centralizada, a comunicação pública corre o risco de ficar ainda mais distante da sociedade e, quem se posicionar contrário ao governo, tende a sofrer com “censuras prévias”, com informações privilegiadas apenas para os “amigos do rei”. Por ironia do destino, este é um modelo de comunicação lançado ainda no Regime Militar, no final da década de 60, com a Assessoria Especial de Relações Pública (AERP), criada para descontruir a imagem negativa que a opinião pública detinha do governo. É um modelo de “agência de propaganda política”, para “vender” para o povo uma gestão eficiente e bem avaliada.

Este colunista reforça o discurso do Sindijor que vê um “retrocesso” na medida de um governo que, pelo visto, como não vai disputar mais a reeleição, faz “ouvido de mercador” para as críticas e vai impondo suas vontades, sem ouvir os anseios da parte mais interessada: o povo! É uma forma autoritária de governar, disfarçada de censura, numa clara demonstração de “força” sobre aqueles veículos ou comunicadores que fiscalizam e cobram os acertos do governo. “Chegar para resolver” rima com sentar, dialogar e aprimorar; jamais com decretar, impor e amordaçar…

Veja essa!

Em nota pública, o Sindicato dos Jornalistas de Sergipe avalia que Belivaldo Chagas “mostra um total descompromisso não somente com os jornalistas, mas também com a comunicação pública, pois como será efetivado um dos princípios básicos da administração pública (a publicidade) se não há profissionais para fazê-lo a contento”.

E essa!

O Sindijor ainda acrescenta que “o atual governo reafirma que não considera a comunicação como uma das bases para o Estado, pois ao invés de buscar alternativas para a realização de um concurso público para que haja uma carreira para jornalistas, demite, causando ainda mais prejuízos para esta atividade profissional”.

 Censura

Mais adiante o sindicato exalta a preocupação com uma possível “censura” às informações públicas. “A sociedade sergipana pode ficar privada de receber as informações necessárias para o exercício da cidadania. Informação pública de qualidade não é uma ação voluntária da administração, mas uma obrigação, uma exigência, e essa tarefa deve ser realizada por jornalistas profissionais”.

 Apelo

Após considerar um retrocesso a medida do governo do Estado de extinguir os cargos e as assessorias de Imprensa e Comunicação na maioria das secretarias e órgãos, o Sindijor apelou dizendo que “solicita que o governador Belivaldo Chagas reconsidere essa decisão e não contribua para precarizar ainda mais o mercado da comunicação em Sergipe”.

Exclusiva!

A coluna recebeu a informação e vai apurar: o vice-prefeito de uma cidade não muito distante de Aracaju recebe a “bagatela” de R$ 12 mil, aproximadamente, sem praticamente frequentar o município. É o “preço” do silêncio e da conivência com as mazelas da atual gestão. Alô, alô MPE!!!

Bomba!

Dentro da política de “contenção de gastos” do governo de Sergipe, chega a informação que alguns veículos da SSP estão impedidos de passarem pela revisão. O comentário é que as locadoras estão recolhendo os carros a disposição do Estado por falta de pagamento. É mole, seu Zé?

Denarc

Alguns policiais do Departamento de Narcóticos estão na bronca com governo pelo fato da transferência do órgão para o Bugio. Não pela comunidade, mas pelo fato da exposição dos agentes especializados que trabalham no combate às drogas e que temem ser facilmente identificados pelos marginais.

Caos na PMA I

A coordenadora clínica da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju, Suyan Mychelle D. Silva emitiu um comunicado que despertou uma crise entre os médicos: ela informava que os profissionais que prestam serviço nas Unidades de Urgência e Emergência da PMA, UPAs Nestor Piva e Fernando Franco, através do vínculo de RPA (recibo de pagamento autônomo), em decorrência da abertura do credenciamento de pessoa jurídica para contratação de médicos, a partir de janeiro de 2019, o valor da hora trabalhada será de R$ 75 para todos os dias da semana.

Caos na PMA II

A notícia revoltou a categoria e inflamou os ânimos entre os trabalhadores e a Prefeitura. Não custa lembrar ao prefeito Edvaldo Nogueira e a seus assessores que, na gestão tão criticada de João Alves Filho (DEM) na PMA, o valor da hora trabalhada variava de R$ 120 a R$ 150.

Caos na PMA III

Vale lembrar que, depois da entrada de Edvaldo Nogueira na PMA este valor já havia sido reduzido para R$ 100, como também a quantidade de médicos durante a noite. Não custa lembrar que o programa de informatização adotado faz com que a consulta seja bastante demorada.

Confusão

Segundo relatos, como a gestão de Aracaju não se preocupa em conversar com os pacientes, explicando a demora de alguns procedimentos, é confusão na certa, quase que diariamente, e o médico acaba sendo responsabilizado. Sem contar que faltam equipamentos e medicamentos nas unidades.

Fora da escala

Em protesto contra a desvalorização e a falta de respeito, os médicos solicitaram a retirada dos seus nomes da escala de janeiro, debandada que pode levar ao caos o sistema de Saúde da capital. “O Sindimed repudia os desmandos da Secretária Wanesca Barboza e do prefeito Edvaldo Nogueira que estão levando juntos o sistema de saúde ao fundo do poço”, disse, anunciando que vai denunciar junto aos órgãos fiscalizadores…

Outro lado I

A Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju informa que não haverá redução da hora trabalhada do médico RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) no mês de janeiro de 2019. Alerta que existe uma recomendação do TCE para a substituição desse tipo de vínculo, mas garante que sentará com a categoria para combinar a transição.

Outro lado II

Informa também que a partir do dia 02 de janeiro está aberto o credenciamento para prestação de serviços médicos por Pessoa Jurídica, medida adotada com intuito de legalizar essa prestação de serviço em substituição ao RPA e de forma imediata para não causar desassistência.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

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