Aracaju, 29 de março de 2024

Especialistas falam sobre como prevenir, identificar e curar Verruga Venérea

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Doença é uma das patologias tratadas pelos Centros de Especialidades Médicas (CEOs), administrados pela Fundação Estadual de Saúde (Funesa)

Doença sexualmente transmissível, induzida pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano), a Verruga Venérea ou ‘Condiloma Acuminado’ é uma das patologias tratadas pelos Centros de Especialidades Médicas (CEOs), administrados pela Fundação Estadual de Saúde (Funesa), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). A doença é caracterizada pela presença de lesões de aparência firme, rósea, delimitada e indolor na genitália externa e ânus e pode surgir em qualquer idade, mas é diagnosticada, com maior frequência, em adolescentes e adultos jovens.

As lesões podem aparecer também na  boca, com mais incidência na região da mucosa labial, palato mole e freio de língua. De acordo com o cirurgião bucomaxilofacial do CEO de Nossa Senhora da Glória,  Helmut Hagenbeck Neto, a verruga venérea é transmitida, principalmente, por sexo oral. “Nos casos identificados, provavelmente, durante a prática, havia alguma lesão em boca, como cortes ou gengivite, e a parceira ou parceiro era hospedeiro do vírus. Comenta-se também da possibilidade do contagio  através do beijo, mas tem pouco estudo sobre a probabilidade de se passar o vírus dessa maneira. O tratamento pode ser realizado com o uso local de medicamentos específicos que promovam a cauterização química, ou  através da remoção cirúrgica das lesões, por meio da eletrocauterização ou crioterapia. Vale ressaltar que a  melhor forma de prevenção é o uso de preservativo”, alerta.

Segundo a dentista e coordenadora dos CEOs, Sthephany Barreto, estudos têm sugerido que a transmissão vertical de mães para bebês pode ocorrer durante o nascimento ou talvez no útero. Ela faz referência ao Livro de Patologia Oral e Maxilofacial de Neville, que afirma que o surgimento das lesões em crianças pode indicar violência sexual, sendo necessária a investigação.  O período de incubação do vírus é de um a três meses, desde o contato sexual. Nas regiões anogenitais, os tipos HPV-16 ou HPV-18 estão associados a um maior risco de câncer/transformação maligna.

A dentista informa também que hoje já é possível prevenir a doença, através da vacinação contra o HPV. “O Ministério da Saúde tem lançado a campanha nos postos de saúde para meninas de 9 a 14 anos de idade; e meninos de 11 a 14 anos”. A proteção é considerada completa quando o indivíduo toma as duas doses. Em clínicas particulares é possível vacinar homens de 9 a 26 anos e mulheres de 9 a 45 anos, mas é sempre recomendável passar por consulta médica.

Outra forma de prevenção eficaz e já conhecida por todos é o uso da camisinha durante o ato sexual, seja ele oral ou não. “Quando aparece na boca, o paciente deve procurar o posto de saúde, cuja consulta com o cirurgião-dentista será primordial para diagnóstico e planejamento correto do tratamento. Dessa forma, o usuário será encaminhado para um Centro de Especialidades Odontológicas para excisão da lesão e biópsia. Esse usuário também é orientado a fazer acompanhamento e tratamento sistêmico. Vale ressaltar que se a lesão aparece em boca é aconselhável que seja feita investigação na região anogenital e também o tratamento do parceiro(a)”, explica Sthephany Barreto.

A vacina oferecida pelo SUS é quadrivalente e protege contra quatro tipos de vírus HPV mais comuns no Brasil. Ao receber a vacina, o corpo produz anticorpos necessários para combater o vírus e assim, caso a pessoa seja infectada, não desenvolve a doença. Apesar de ainda não estar disponível para ser aplicada, a Anvisa já aprovou uma nova vacina contra o HPV, que protege contra nove tipos de vírus.

Fonte e foto assessoria

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