Aracaju, 5 de julho de 2025
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MÉDICOS DAS UPAs PARALISAM E SAÚDE PÚBLICA VIRA UM CAOS

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Os efeitos da paralisação dos médicos da Prefeitura de Aracaju já afeta a Rede Estadual de Saúde, e por uma diferença de R$ 50 na diária, a saúde pública vira um caos

Continua o impasse entre a secretaria municipal de saúde de Aracaju e os médicos que recebem suas remunerações através de Recibo de Pagamento Autônomo (RPA), isso por conta do valor pago pela PMA aos profissionais que estão irredutíveis e recusam a retornar ao atendimento.

As informações divulgadas pela SMS são de que no mês de novembro, no Hospital Fernando Franco, a SMS pagou por 1.634 horas trabalhadas durante a semana e 1.405 horas trabalhadas nos finais de semana, o equivalente a R$ 332 mil. No Hospital Nestor Piva, durante a semana foram 1.913 horas trabalhadas e 1.304 nos finais de semana, a despesa gerada foi de R$ 348 mil. Somando as despesas dos dois hospitais, a SMS pagou R$ 680 mil.

Ainda segundo a secretaria municipal de saúde, foi oferecido aos médicos R$ 100 por hora trabalhada durante a semana e R$ 120 aos finais de semana, porém esses profissionais não aceitaram a proposta e deixaram os plantões e com isso esvaziaram as escalas dos hospitais que não tem mais como prestar atendimento ao público.

Já os médicos propuseram que o valor da hora trabalhada retornasse aos valores de 2015, corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficariam de R$ 148 durante a semana e R$ 180 aos finais de semana.

Com essa proposta feita pela SMS, um médico que trabalha seis horas, tem uma remuneração diária de R$ 600, e mesmo assim eles recusaram e preferem manter a paralisação, enquanto em alguns hospitais particulares o valor pago é de pouco mais de R$ 60.

A paralisação desses profissionais nos hospitais Nestor Piva e Fernando Franco em Aracaju, acabou superlotando o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), já que a população ao não ter atendimento na rede municipal, procuram a rede estadual.

Sem acordo, a vida do paciente que busca tratamento médico nas UPAs passa a custar R$ 50, que é a diferença do valor oferecido pelo município e que foi rejeitado pelos médicos e o que chama a atenção é que o problema tende a aumentar já que outros médicos estão aderindo ao movimento e as informações são de que os médicos dos postos de saúde também estão paralisando. A saúde pública pode entrar em colapso.

O que se pode ver é que a secretaria municipal de saúde tem feito várias ofertas só que os médicos não aceitam e com isso a população fica dessassistida.

A diferença do valor oferecido pela SMS ao médicos é de R$ 50. Será que cinquenta reais é o valor da vida na rede pública.

Munir Darrage

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