Aracaju, 26 de abril de 2024
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VALE-REFEIÇÃO NA PMSE: UM SOCO NO ESTÔMAGO DO MILITAR, DIZ PM

Os últimos dias foram de intensa movimentação nas redes sociais dos policiais militares do estado de Sergipe. Alguns, mais corajosos, evidenciaram nas redes abertas – Facebook, Instagram e Twitter – o grau de insatisfação em que se encontram. Outros, preferiram desabafar nas redes sociais fechadas, como o Instagram e o Telegram.
O que causou a revolta da tropa foi o fato de haver sido publicado no Diário Oficial do Estado de Sergipe, no dia de ontem, o extrato de um pregão no qual o Estado de Sergipe contrata uma empresa de fornecimento de alimentação pagando R$ 13,44 pelo almoço de cada preso que se encontra nas delegacias sergipanas. O policial militar sergipano recebe 8 reais para realizar suas refeições desde o ano de 2013.
Foi por essa terrível inversão de valores que os policiais e bombeiros militares estão indignados com o Governo do Estado de Sergipe. Não é concebível em nenhum lugar do mundo que aquele que infrinja a lei tenha um tratamento humanístico superior do aquele que é encarregado de aplicar a lei e manter a ordem em um estado consumido por mais de uma década de má-gestão e abandono.
Hoje pela manhã, em um programa de rádio, o Comandante Geral da Polícia Militar foi questionado e tergiversou sobre o assunto. A entrevista foi praticamente replicada na TV Atalaia, horas depois. Marcony falou de eventuais conquistas recentes, inclusive uma da qual não participou – a situação dos inativos – atuando como verdadeiro Secretário de Comunicação do Governador, não apontando nenhuma solução para o problema.

A pergunta que eu deixo para o leitor é a seguinte: onde é que se consegue efetuar uma refeição decente, no bairro que você trabalha, pelo valor de 8 reais? O que você sentiria ao saber que um preso tem uma refeição mais cara do que a que você consome todos os dias?
No dia de hoje circulou, nos vários grupos das redes sociais fechadas, a informação de que a Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO – que é acusada diuturnamente por  alguns setores da imprensa de ser improdutiva, pagará a justa quantia de R$ 1.200,00 em vale-refeição, a nível mensal,  a cada um de seus colaboradores. Estejam eles no serviço administrativo ou no serviço operacional da empresa.
A título de comparação, entre outros poderes do Estado de Sergipe, a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça pagam aproximadamente R$ 1.000,00 para cada um dos seus servidores realizarem suas refeições, indistintamente.
Na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros, além de o valor ser bem menor que os já citados em outros poderes e órgãos, este só é pago para os militares que se encontram na escala de serviço: “Os que prestam serviço administrativo não sentem fome”! Deve ser essa a explicação para que não se pague o vale-refeição a todos os militares.
A ASSOCIAÇÃO DOS MILITARES DO ESTADO DE SERGIPE ingressou com ação de obrigação de fazer no mês de Junho de 2018, visando a compelir o Estado de Sergipe a reajustar o valor do vale-refeição, não tendo ainda sido julgada, até a presenta data, tal ação.
Ainda no começo de um mandato que já dura 12 anos, esperamos que o Governador Belivaldo Chagas chame o feito a ordem e valorize os únicos profisionais que se encontram presentes todos os  dias do ano, sete dias por semana, 24 horas por dia em todos os municípios do Estado de Sergipe colocando suas vidas e sua integridade física em defesa de todos os nossos cidadãos.
JORGE VIEIRA DA CRUZ – PRESIDENTE DA AMESE
Fonte Amese

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