Aracaju, 26 de abril de 2024
Search

Moeda de troca

Alguns deputados estaduais aproveitam a eleição da Mesa Diretora da Assembleia para negociar indicação de nomes ao segundo escalão do governo. Interessado em eleger aliados mais chegados para comandar o Legislativo pelos próximos dois anos, o Executivo ouve e analisa cada reivindicação parlamentar. Além de espaços no quadro de auxiliares, também existem centenas de cargos em comissão à disposição dos deputados que apoiarem a chapa abençoada pelo governo. O contribuinte não ganhará nada com esse jogo de interesse entre os dois poderes, embora financie a moeda de troca usada pelo Executivo para eleger a Mesa Diretora de sua preferência. Uma lástima!

CPI concluída

A Câmara de Aracaju divulga hoje o relatório final da CPI da Saúde. Instalada em 2018, a Comissão investigou os contratos firmados entre a Secretaria Municipal da Saúde e hospitais filantrópicos da capital. A divulgação do relatório ficará a cargo de seu presidente, o vereador Seu Marcos (PHS). Aguardemos, portanto!

Liberdade ameaçada

A depender da procuradora da República, Raquel Dodge, o deputado federal eleito Valdevan Noventa (PSC) voltará para o Cadeião de Estância. Ela solicitou ao Supremo Tribunal Federal que anule o habeas corpus concedido ao parlamentar no começo deste mês. Noventa é acusado de coagir testemunhas no inquérito que apura compra de votos. Valdevan está usando tornozeleira eletrônica e não pode deixar o estado sem autorização judicial. Misericórdia!

Até que enfim!

Finalmente, a Prefeitura de Aracaju pagou os cachês dos músicos que tocaram no Forró Caju do ano passado. Dos 142 artistas sergipanos que aguardavam pela grana, apenas 23 não foram pagos por estarem com a documentação pendente. Aliviado em quitar a divida, o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) se disse “muito feliz por ter conseguido resolver este pesadelo”. Felicidade maior é a dos músicos. Marminino!

Mudança na Câmara

Diferente da Assembleia, que reinicia as atividades na próxima sexta, a Câmara de Aracaju só retoma os trabalhos parlamentares segunda-feira que vem. A novidade no Parlamento aracajuano será a posse dos novos vereadores Cabo Didi (Rede) e José Valter (PSD). Os dois vão substituir Kitty Lima (Rede) e Iran Barbosa (PT), eleitos deputados estaduais e que tomarão posse na sexta-feira. Boa sorte aos quatro!

E o reajuste?

Alguém aí sabe quando os servidores estaduais vão colocar no bolso o minúsculo reajuste salarial? Tomara que não demore muito, pois a galera está com a corda no pescoço. Outro dia um internauta exagerado escreveu que, para completar o salário de fome do pessoal, o governo deveria incluir todos os servidores no programa Bolsa Família. Que horror!

Bomba relógio

A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN) pode repetir em Sergipe a tragédia ocorrida agora em Minas Gerais com a barragem da Vale. Segundo o Sindipetro, caso seja vendida a quem só pensa em lucros, a FAFEN pode registrar vazamentos de gás e substâncias altamente tóxicas. Também existe o risco de ocorrer problemas com o reator instalado na fábrica: “Aquilo ali é uma bomba relógio”, adverte o petroleiro Edivaldo Leandro.  Crendeuspai!

Pires nas mãos

Dirigentes da Frente Nacional de Prefeitos estiveram, ontem, no Ministério do Desenvolvimento Regional. O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), defendeu a construção de alternativas para as políticas de mobilidade urbana. O comunista se queixou do déficit habitacional das cidades, que implica também em questões como mobilidade, segurança, educação e saúde. Segundo Edvaldo, “é preciso corrigir o rumos”. Certíssimo!

Briga boba

Não chamem para o mesmo ambiente o senador eleito Alessandro Vieira (PPS) e o empresário Luciano Barreto. Entrevistado pelo portal Universo Político, o senador acusou o empreiteiro de usar a força do dinheiro para comandar um grupo de políticos: “Não é o tipo de pessoa que goste de gente que não reza na cartilha dele”, fustiga Vieira. Em resposta, Luciano disse que o senador desconhece o trabalho social realizado pela Construtora Celi e negou usar dinheiro para comandar um grupo político. Aff Maria!

Sem explicação

Um preso custa por mês R$ 2,4 mil, enquanto o custo anual com um estudante é de R$ 2,2 mil. Diante de tamanha discrepância, não se entende porque, em vez de edificar mais e mais escolas, os sucessivos governos gastam milhões a cada ano para construir novos presídios. Durma com um barulho desse!

Recorte de jornal

Publicado no aracajuano Sergipe Jornal, em 28 de dezembro de 1922.

Resumo dos Jornais

Leia também