Aracaju, 26 de abril de 2024
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FÓRUM EM DEFASA DA FAFAN ENTREGA CARTA AOS SENADORES

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O Sindipetro AL/SE, junto com o Fórum em Defesa da Fafen, participou nesta segunda-feira, 11/02, de reunião ampliada convocada pelo senador Alexandro Vieira (Rede). Na ocasião, o Fórum entregou ao senador uma carta, direcionada aos senadores, solicitando que os mesmos  façam a intermediação junto ao vic-presidente, General Mourão, para a realização de uma audiência que discuta os prejuízos que a privatização das fábricas de fertilizantes podem causar ao Brasil.

Confira o conteúdo da carta na íntegra:

FÓRUM EM DEFESA DAS FAFENS

Aracaju/SE, 11 de fevereiro de 2019

At: Excelentíssimos Deputados Federais e Senadores do Estado de Sergipe

O Fórum de Defesa da Fafen, Fábrica de Fertilizantes e Nitrogenados do Estado de Sergipe, vem por meio desta, solicitar a V.Exªs, que interceda junto ao vice Presidente da República, Excelentíssimo Hamilton Mourão, que hora se encontra na condição de presidente interino, uma audiência com os integrantes deste fórum, para que possamos externar os erros que serão cometidos pelo Estado brasileiro caso se concretize a privatização das fábricas de fertilizantes nos estados de Sergipe e Bahia. Tendo por base, que o vice-presidente da república expressou publicamente mais de uma vez a sua posição em defesa da manutenção das estatais no Brasil.

Como é de conhecimento público o Brasil dispõe atualmente de apenas duas indústrias de fertilizantes estatais no país (as demais foram vendidas na década de 1990), responsáveis pelo abastecimento interno de 30% da demanda, enquanto que 70% dos fertilizantes são importados, demonstrando o potencial de desenvolvimento econômico na agroindústria brasileira e a sua dependência do mercado internacional para a produção.

A concretização das intenções do governo federal em vender essas indústrias acarretará problemas de ordens econômica e social.

Do ponto de vista econômico, a venda dessas indústrias deixará o país mais vulnerável a disposição dos mercados internacionais através das importações de fertilizantes para a produção na agricultura. É um contra censo, visto que qualquer governo minimamente preocupado com a economia e a soberania nacional teria como primeira medida os investimentos nessas fábricas, garantido assim o abastecimento interno, que tem uma demanda imensa e ao mesmo tempo se manteria independente do mercado internacional.

Além disso, socialmente, manteria os empregos existentes diretos e indiretos e aumentaria a contratação de mão de obra de acordo com as necessidades do setor, impulsionando o desenvolvimento social através da movimentação dos recursos econômicos e das condições de vida dos operários diretos e indiretos envolvidos no manejo do setor de fertilizantes, assim como a melhoria das condições de vida da população em geral.

Tudo acontecerá de forma contrária ao exposto acima, caso as fábricas de fertilizantes sejam privatizadas. Para se ter apenas um exemplo, com a hibernação da Fafen em Sergipe, a Fábrica de fertilizantes, que atua como misturadora e dependente da matéria prima produzida pela Fafen, a Heringer, acabou de demitir todo o seu quadro de funcionários e fechou as suas portas, da mesma maneira que a Fafen está efetuando centenas transferências dos efetivos  e demissões dos terceirizados. Isso é um desastre econômico e social praticado contra o Estado de Sergipe e será assim também na Bahia num momento de desemprego galopante no país. O “Brasil acima de tudo” passa pela defesa do patrimônio do seu parque industrial. Se isso não se verifica na prática, não passa de palavras ao vento.

Ciente do empenho de V.Exªs na preservação dos interesses do desenvolvimento econômico e social de nosso Estado, antecipadamente agradecemos e ficamos no aguardo de breve retorno.

Compõem este Fórum:

CSP-Conlutas, FNP, Sindipetro AL/SE, Adufs, Sindicagese, Sindifisco, Sindiscose, FUP, CUT, minoria Sindimarketing, SOS Emprego, MML, PSTU, PSOL, PT, OAB-SE e Advocacia Operária.

Fonte e foto Sindipetro/SE

 

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