“No palco é o momento que não sou atingida por nada”, dizia a artista
Por Agência Brasil
O corpo da artista será cremado no Memorial do Carmo, às 17h, em cerimônia reservada à família e aos amigos. Bibi Ferreira morreu ontem (12) no começo da tarde em consequência de problemas cardíacos, enquanto dormia no seu apartamento, no Flamengo.
De acordo com a única filha, Tina Ferreira, a mãe aproveitou bem a vida e morreu tranquilamente. Ela contou que a mãe amanheceu ontem bem, mas reclamando de um “pouco de falta de ar”. Porém, quando os médicos chegaram, ela já havia morrido.
“Ela fez o que ela queria, ela teve uma vida muito boa”, disse Tina Ferreira. “Ela sempre falou isso: ‘Eu vivo para o meu público e que fique nas lembranças deles [espectadores], o que eu pude dar, eu dei o meu melhor”, acrescentou.
Em seguida, Tina Ferreira lembrou-se da frase que a mãe gostava de repetir. “’No palco, é o momento que não sou atingida por nada. É o momento que eu me encontro com Deus.’”
No Theatro Municipal, Bibi Ferreira foi diretora de dramartugia e apresentou-se várias vezes. A primeira apresentação, aos 16 anos, com a peça João e Maria, baseada na ópera homônima, no papel da bruxa. Em 1951, já acumulava as funções de diretora e atriz na peça Diabinho de Saias, de N. Krasna, e em A Hipócrita, de Hagar Wilde e Dale Eunson, nessa última também como tradutora.