Aracaju, 28 de março de 2024

Livros doados às bibliotecas municipais precisam estar conservados

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
5
Os livros são instrumentos capazes de transportar os leitores para realidades diferentes, sejam fictícias ou não, ajudando a solucionar as perguntas essenciais da existência. Por isso, a Prefeitura de Aracaju disponibiliza cerca de 45 mil exemplares, nas suas três bibliotecas municipais, e busca aumentar esse número permitindo doações. No entanto, essas fontes de conhecimento precisam atender a pré-requisitos mínimos de conservação para que possam cumprir seus objetivos com qualidade.
Para manter um controle e garantir a excelência dos objetos disponibilizados, todas as doações passam pela avaliação de uma comissão de bibliotecários, que analisam caso a caso. Eles buscam garantir que esses itens tão importantes cheguem aos leitores bem cuidados.
O ato de doar pressupõe a vontade ajudar, portanto, não pode ser apenas sinônimo de livrar-se de um incômodo. “A comunidade precisa compreender que as doações precisam estar ligadas ao cuidado prévio dos livros, pois a biblioteca não é um depósito onde se guarda algo que não se quer mais, mas um ambiente de disseminação do conhecimento. É preciso conferir se há rasuras, rasgos em páginas, infestações de insetos, entre outras coisas”, explica a coordenadora da Biblioteca Municipal Clodomir Silva, Fabiana Bispo.
Entre janeiro e março, período de início de ano letivo, é quando essas doações mais acontecem, por conta da mudança de série dos estudantes. Normalmente, os pais querem disponibilizar os livros antigos. Embora seja uma iniciativa válida, o local escolhido nem sempre é correto, uma vez que as bibliotecas públicas não recebem didáticos, apostilas e cópias. No entanto, é possível entregá-los diretamente nas escolas municipais, onde serão avaliados e podem ser acrescentados aos acervos.
Cada pessoa que se disponibiliza a contribuir é alertada sobre as possíveis destinações para o seu livro. “Ao fazer uma doação, o cidadão recebe um termo explicando que, caso seu objeto não cumpra os requisitos necessários para utilização no espaço, ele poderá ser realocado, em circunstância de não se adequar a nenhuma categoria do acervo, ou descartado, quando seu uso fica impossibilitado pela má condição de preservação”, aponta a coordenadora da Biblioteca Municipal Ivone de Meneses Vieira, Nancy Lima.
Outro ponto a ser levado em consideração é especificidade de cada uma dessas bibliotecas. “Nosso acervo possui livros de literatura universal, mas é especializado na produção de autores sergipanos. Nós recebemos doações, preferencialmente, de obras regionais, e que estejam em bom estado de conservação. Nosso público, em geral, procura informações sobre a história de Sergipe ou sua produção literária para produções acadêmicas, portanto precisamos ser criteriosos na catalogação”, coordenadora da biblioteca municipal Mário Cabral,Verônica Cardoso.
É difícil também que se possa adicionar ao catálogo de obras disponíveis aquelas cujo tempo de lançamento é muito antigo e que já apresentam outras edições, como também almanaques e revistas desatualizados, que trazem informações que já se mostraram incorretas atualmente.
Por outro lado, há livros cuja frequência de doações ainda é restrita, como gibis, mangás e cordéis. Esses em específico podem ser portas para que as crianças e jovens adentrem no mundo da literatura, aumentando sua compreensão sobre eles mesmos, sobre a vida em si e também em relação à sua cultura.
Foto Sérgio Silva
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp

Leia também