Aracaju, 14 de julho de 2025
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Lagarto: promotor diz que por telefone, foi determinada a eliminação de provas

Os promotores de justiça do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Sergipe (MP/SE), confirmaram em entrevista nesta sexta-feira (22) que o prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro (PSC), teve acesso aos detalhes da investigação sobre as suspeitas do crime de lavagem de dinheiro, e que terminou com sua prisão na manhã de hoje.

Os promotores informaram que foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão nas cidades de Aracaju e Lagarto. Foram alvos de buscas a sede da Prefeitura de Lagarto, as secretarias de Finanças e Administração, o matadouro de Lagarto, a sede de uma empresa e as residências do prefeito, José Valmir Monteiro, do genro dele e de supostos laranjas, além do administrador do matadouro. Dois empresários que teriam envolvimento com o esquema não foram localizados e estão foragidos.

Segundo o promotor Bruno Melo, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), “o caseiro de uma fazenda do prefeito recebeu uma ligação dele ontem a noite avisando que os policiais iriam hoje lá. Os três endereços residenciais de Valmir estavam vazios e nos celulares dos investigados foram identificadas conversas determinando a eliminação de prova. Ainda não sabemos de onde partiu as informações”, disse.

Por conta do vazamento da informação sobre a investigação, a operação foi antecipada para esta sexta-feira (22), porém os promotores não conseguiram cumprir os quatro mandados de prisão preventiva deferidos pelo desembargador da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ), Diógenes Barreto.

Valmir Monteiro e seu genro se apresentaram no final da manhã e foram levados para o Presmil.

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