Aracaju, 24 de abril de 2024
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FARMACÊUTICO FOI MORTO POR CIÚMES E REQUINTE CRUELDADE

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O crime foi praticado na madrugada do dia 29 de novembro de 2018

A Polícia Civil de Sergipe apresentou na manhã desta sexta-feira, 1º, o resultado das investigações que elucidaram o homicídio do farmacêutico John Michel Brito de Almeida. Segundo a Coordenadoria da Polícia Civil no Interior (Copci), a vítima foi sequestrada, torturada e executada na madrugada do dia 29 de novembro do ano passado, na cidade de Poço Redondo, e o corpo abandonado em um lixão do município de Monte Alegre. Três suspeitos do crime foram presos em Sergipe e no Paraná.

Durante a coletiva à imprensa realizada nesta manhã, o delegado Fábio Pereira, da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci), que presidiu o inquérito, detalhou a motivação do crime e as circunstâncias em que ocorreram as prisões de Edilson Marques da Silva [detido em Pinhais, no Paraná], Hionas Feitosa dos Santos e Bernardino Carvalho de Oliveira [presos no povoado Santa Rosa do Hermírio, em Poço Redondo], autores do homicídio.

Segundo o delegado, as investigações iniciaram com a equipe de Nossa Senhora da Glória, que foram encaminhadas para o local e colheram informações sobre os possíveis autores. Na ocasião, foram pleiteadas algumas medidas cautelares pelo Ministério Público, o que facilitou as investigações. A partir daí, a Polícia Civil conseguiu provar que os indivíduos estavam, de fato, no local e no momento em que a vítima foi sequestrada e no mesmo ponto em que o corpo foi desovado.

No decurso das investigações, o caso passou a ser acompanhado pela Copci. De acordo com levantamentos, existem provas técnicas que colocam os suspeitos na cena do crime, pois foi constatado que o principal envolvido no crime estava no mesmo bar que a vítima antes do sequestro. A polícia levantou que, em nenhum momento o autor dirigiu a palavra a Jhon, apenas no momento em que este saiu e logo foi seguido por ele.

A polícia afirma que o ciúme motivou o crime, já que, segundo investigações, Bernardino tinha uma ex-namorada, que conhecia o John Michel Brito de Almeida e também era frequentadora do mesmo bar em que a vítima foi sequestrada. Numa das ocasiões em que a mulher e John frequentaram o bar, eles foram à casa do farmacêutico, com algumas amigas e amigos, onde tiraram fotografias e compartilharam em redes sociais, suscitando a ira de Bernardino.

Nas ouvidas, os acusados negaram a participação no crime, montaram histórias que facilmente foram desmentidas por meio das provas resultadas das investigações. O trio infrator narra versões mentirosas e entra em contradição. Ainda segundo o delegado, no dia do crime, os infratores se reuniram para executar a ação, sequestraram, vendaram a vítima e subtraíram seus pertences, assassinando-a e jogando o seu corpo num lixão. No momento da prisão de Bernardino, também foram encontradas munições de calibre 12 e um rifle.

O delegado Fábio Pereira ressaltou que a elucidação do crime só foi possível graças ao empenho dos policiais envolvidos e ao atendimento célere pelo Ministério Público e Poder judiciário de Monte Alegre, que demandaram autorizações judiciais. A ação contou com o apoio do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) e da Polícia Civil do Paraná.

Fonte e foto SSP

 

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