Aracaju, 26 de abril de 2024
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MARIA DEFENDE DEBATE SOBRE TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza reunião deliberativa com 21 itens. Entre eles, o PLC 77/2018, que viabiliza privatização de distribuidoras de energia controladas pela Eletrobras.

À mesa, presidente em exercício da CCJ, senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) conduz reunião.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Para Maria do Carmo, modal é propulsor do desenvolvimento do Brasil e tem melhor custo-benefício

A senadora Maria do Carmo Alves (DEM/SE) defendeu hoje (6) uma ampla discussão acerca do transporte ferroviário, especialmente, para o uso de cargas no país. Para ela, uma rede ferroviária ampla e interligada beneficiaria todo o processo produtivo e o escoamento das exportações brasileiras, gerando maior desenvolvimento e impulsionamento da economia.

Defensora do modal como propulsor do crescimento do país, a senadora sergipana entende que, além de ser mais rápido, é muito mais barato e favorecerá a infraestrutura brasileira, reduzindo os entraves logísticos do Brasil. “Além do efeito positivo no custo das operações, o transporte ferroviário é muito menos poluente, o que já seria um ganho, também, para o meio ambiente”, disse.

Para, ela, é urgente pautar essa questão para que se tenha elementos suficientes para entender essa dinâmica, bem como capitalizar os resultados que esse modal de transporte pode oferecer ao país em termos de desenvolvimento, sobretudo, econômico.

Maria ressaltou a necessidade de se priorizar os projetos de planejamento logístico do país, que a cada Governo vão ficando esquecidos. “A construção de novas ferrovias é um projeto de longo prazo e que não pode sofrer descontinuidade em virtude das mudanças de gestão. Isso gera travas e prejuízos ao país em todos os campos”, disse a senadora, observando que, segundo especialistas, há uma questão importante a ser considerada que diz respeito ao curto prazo de concessão ferroviária que no Brasil dura 30 anos.

No seu entender, esse é outro ponto que precisa ser amplamente discutido com especialistas no tema, considerando que, segundo eles, o planejamento de uma ferrovia chega a 60, 70 anos. “Como há concessões que vencem em 2028, certamente, está na hora de colocarmos a questão em pauta, ouvirmos representantes do mercado, estudiosos no tema e buscarmos uma saída que vise destravar investimentos e seja menos prejudicial para os setores produtivos e para o Brasil”, disse a parlamentar democrata.

A senadora salientou que há décadas, o Brasil não tem um planejamento estratégico para um setor que é tão importante do ponto e vista logístico e de incremento. Além da percepção de que essa é uma questão crucial para o desenvolvimento, um dos desafios postos, entende Maria, é fazer com que todos entendam a necessidade de integrar a malha ferroviária aos demais setores econômicos do país.

“Faz-se necessária uma discussão e medidas urgentes, pois o Brasil não pode continuar com esse gargalo de infraestrutura, senão não cresce e o Custo Brasil sobe desenfreadamente”, afirmou.

Rodovias ineficientes e fragilizadas

Maria do Carmo observou que o sistema rodoviário, predominante no Brasil, além de frágil, pois é um facilitador de roubos de cargas e mais suscetível a acidentes, é muito mais caro e já deu demonstração de que não está pronto para os momentos desafios como os enfrentados durante a greve dos caminhoneiros.

“Todos vivenciamos o caos que se instalou no Brasil com a paralisação dos caminhoneiros, no ano passado, e os reflexos disso para a economia”, destacou, acrescentando que, enquanto as ferrovias representam apenas 15% do transporte no Brasil, “o modal rodoviário, que atrapalha o trânsito nos grandes centros, é mais poluente, deixa as empresas em situações de maior fragilidade e risco, é responsável por 65%”. Para ela, está na hora de mudar essa realidade e fazer com que o país avance.

Fonte  assessoria

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

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