Chamar a atenção das autoridades para a necessidade de investimento para a revitalização do bairro Coroa do Meio, um ponto importante da cidade, e ainda, fazer com que os moradores da região tenham despertados o sentimento de pertencimento ao local, são os dois principais pontos do projeto “Tornar Lar – tem espaço que é casa, tem lugar que é lar” que, desta vez, vai ‘Lugarizar o bairro Coroa da Meio’. O projeto, que será desenvolvido neste domingo, dia 17 de março, em homenagem ao aniversário de 164 anos de Aracaju, é uma iniciativa da professora doutora Maria Cecília Tavares, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Sergipe (UFS), junto com os alunos da disciplina Planejamento VI. A essência da ação e reconectar as pessoas a um espaço que já era delas, mas, para tanto, é fundamental gerar preservação do mesmo por meio da apropriação pelas pessoas.
As atividades do projeto terão início às 8h, no espaço onde está localizado o Museu do Mangue, obra iniciada em 2010 pela Prefeitura de Aracaju, porém, nunca inaugurada, pois em 2011 um incêndio destruiu as instalações e, desde então, o local está degradado e passou a ser motivo de contrariedade para os moradores da região, pois não houve reconstrução do projeto e apenas a cobertura foi refeita, antes em palha, agora com telhas de argila. “É uma campanha que tem por tem por objetivo integrar a comunidade do bairro Coroa do Meio incentivando o senso de pertencimento e revitalização do espaço do Museu do Mangue. A ação se baseia nos conceitos de lugaralizar, trabalho colaborativo e adhocracia, dependendo da participação da comunidade em um sistema horizontal de organização, mas sem ordem hierárquica”, explicou a doutora Cecília Tavares.
E esta ideia não é pioneira para este grupo, pois a primeira experiência do projeto foi em Laranjeiras, no Campus da UFS, com os próprios estudantes. “Fizemos com que esse sentimento de pertencimento os encontrasse primeiro”, observou a professora. Ela conta que a partir deste pontapé o foco foi direcionado para a Coroa do Meio, pois o desejo é fazer lugares realizando a cidade de forma colaborativa com os cidadãos sendo protagonistas do desenvolvimento coletivo. “Para o conhecimento da área foram realizadas visitas ao local, conversas e reuniões com os moradores. Contamos também com o apoio Departamento de Geografia e da Pró-Reitoria de Extensão da UFS, e com a Secretaria do Meio Ambiente”, comentou Dra. Cecília Tavares.
O dia de atividades na área do Museu do Mangue conta com a seguinte programação:
8h – Rádio com músicas, coleta de lixo e início da feira;
10h – Fim da limpeza;
10h30 – Mobiliário, grafite e varal com exposição de fotos da história da comunidade;
14h – Prática de judô;
14h30 – Prática de capoeira;
15h – Plantação de mudas.
Por Andréa Moura
Foto assessoria