Aracaju, 13 de maio de 2024
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Navio regaseificador Golar Nanook chega ao estado de  Sergipe

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 Carregado com gás natural liquefeito FSRU ficará ancorada a 6km da costa sergipana.

 Após uma longa jornada iniciada em janeiro na Coreia do Sul, o navio regaseificador Golar Nanook chegou neste domingo, 17, à costa sergipana. A Unidade de Armazenamento e Regaseificação de Gás Natural – FSRU é responsável por regaseificar o gás natural liquefeito – GNL, que será utilizado na Usina Termoelétrica Porto de Sergipe I, implementada pela CELSE – Centrais Elétricas de Sergipe em Barra dos Coqueiros, na Grande Aracaju (SE).

“A chegada da FSRU Golar Nanook é um marco importante para o projeto da CELSE e para a história de Sergipe. Para a companhia, é a continuidade da implantação da termoelétrica, seguindo o cronograma estabelecido desde 2015, quando se sagrou vencedora do leilão de energia. Para Sergipe, representa a disponibilidade de um combustível limpo e competitivo para diversas aplicações”, destacou o presidente da CELSE, Pedro Litsek.

Golar Nanook na costa de Camarões, no continente africano, sendo abastecido pelo Golar Hilli

Fabricado pela Samsung, o navio realizou sua primeira parada em Singapura, onde foi abastecido de combustível e outros suprimentos. Em 26 de fevereiro, o Golar Nanook chegou a Camarões, no continente africano, onde foi recepcionado pela equipe do Golar Hilli, que opera como FLNG (unidade que liquefaz gás produzido naquele país). Operações de resfriamento nos tanques foram realizadas e o navio foi abastecido com uma carga de GNL.

Uma vez abastecido, o Nanook seguiu viagem com destino ao Brasil, chegando assim a Sergipe onde será conectado ao sistema de ancoragem Yoke, o qual foi instalado com sucesso no início deste mês, e está localizado a 6 km da costa sergipana. Esse sistema é interligado ao gasoduto que irá alimentar as turbinas da UTE Porto de Sergipe I, gerando assim, energia.

Armazenamento

A FSRU Golar Nanook possui capacidade de estocagem de 163.000 m3 de GNL e de regaseificar até 21 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. “Para se ter ideia da magnitude disso, o gasoduto Bolívia Brasil tem capacidade de transporte de 30 milhões de metros cúbicos por dia. A embarcação está em processo de liberação alfandegária e posteriormente será ancorada no sistema submarino já instalado, onde permanecerá pelos próximos 25 anos”, ressaltou Pedro Litsek.

Estrutura do YOKE fabricada na Indonésia chegou  a Sergipe no final de janeiro após longa viagem a bordo do navio Fair Player

Sistema de Ancoragem

A instalação do sistema de ancoragem YOKE, onde será acoplado o navio Golar Nanook foi concluído com sucesso no dia 27 de fevereiro. O trabalho envolveu uma equipe multidisciplinar e foi iniciado pelo monitoramento da área, o qual foi realizado por mergulhadores com a utilização de um sistema eletrônico de posicionamento. Essa ferramenta, uma espécie de ultrassom, identificou a localização exata onde a base do YOKE desceu e sua orientação correta dentro da água para a perfeita acoplagem ao duto que irá conectar o sistema ao gasoduto.

Três estacas de 45 metros foram cravadas no leito marinho, sendo que todo o processo foi monitorado pela equipe que contava com mergulhadores especializados

Com a base fixa no fundo do mar a equipe iniciou a colocação das três estacas de 45 metros de comprimento, as quais garantem a fixação da base do YOKE ao leito marinho.  “Cravamos as estacas em cerca de 42 metros dentro do fundo do mar, isso equivale a um prédio de 14 metros de altura. Esse foi mais um importante desafio superado, pois uma operação como essa é cercada de expectativa diante dos muitos fatores naturais, que podem dificultar nosso trabalho. Felizmente, não tivemos imprevistos e tudo ocorreu conforme o esperado”, destacou Sergio Nascimento, gerente de projeto GNL da CELSE.

Por Denise Gomes

Foto Assessora de Comunicação

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