Aracaju, 29 de março de 2024

BELIVALDO NA ALESE

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DIÓGENES BRAYNER – plenario@faxaju.com.br

A presença do governador Belivaldo Chagas (PSD) no plenário da Alese, com objetivo de expor a situação do Estado à sociedade, movimentou ontem a política. Houve acertos e equívocos. A princípio não se pode deixar de ver coragem do chefe do Executivo em comparecer a plenário, para fazer relatos transparentes de como pegou o Governo e, de alguma forma, revelar que “todo o acidente na economia e finanças ocorreram em gestões anteriores”.

A sinceridade de Belivaldo Chagas atinge outros poderes, que não desejam pactuar com qualquer proposta para aliviar a situação e dar um rumo para reduzir a profundidade da crise, principalmente na questão da Previdência Social, que sufoca os recursos do Executivo. Nenhum outro governador fez isso, mas Belivaldo preferiu esse contato com a sociedade e revelar origem e tamanho nos rombos das contas públicas.

Belivaldo recebeu muitos conselhos de deputados e aliados para não ir a plenário fazer exposição de dificuldade. Sugeriam que a reunião acontecesse em ambiente fechado e com a presença não só de parlamentares, mas de membros do Judiciário, além de representantes do Ministério Público e Tribunal de Contas. A decisão de não franquear a palavra para o debate incomodou a oposição e aliados, que queriam estender a sessão com perguntas que fugiam do tema principal.

O plenário, enfim, é um local para debate amplo, embora o assunto exposto merecesse uma posição participativa e compreensiva, do que uma sabatinagem que politizava um assunto de tamanha importância para Sergipe. A oposição realmente queria tratar daquilo que encostasse o Governo à parede, tanto que levou um plateia que também depende de decisões sérias para combater a crise.

Para um ex-deputado federal que assistia a explanação, “Belivaldo teve coragem sim de expor uma situação real, que tem que ser compartilhada”. Quanto o veto à palavra, o ex-deputado explicou: “o assunto não era para debater naquele momento, mas para ouvir e oferecer sugestões mais à frente”.

BELIVALDO DESABAFA

O governador Belivaldo Chagas deixou a Assembleia, ontem, consciente de que levou à sociedade toda situação de dificuldade do Estado. Foi um desabafo sobre previdência, redução de repasses e arrecadação, que levou ao conhecimento da população.

PRIMEIRO GOVERNADOR

Não se pode ignorar: Belivaldo foi o único governador que teve coragem de mostrar, de forma transparente e sem medo, uma situação econômica e financeira caótica, que não fora provocada pelo seu Governo. Teria sido uma herança maldita.

DÍVIDAS ACUMULADAS

Belivaldo Chagas revelou um montante de dívidas acumuladas, que se transformaram em imensa ‘bola de neve’ e agora começa a se derreter em suas mãos. Sugeriu a participação dos demais poderes, mas dificilmente vai tê-la.

SOBRE OS REPASSES

O governador está sugerindo que o Legislativo e o Judiciário paguem 30% dos seus aposentados, mas os dois poderes já avisam que passaram a pagar 20% para inativos, e não têm como acrescentar os 10% sugeridos.

DESEMBARGADOR TELEFONA

Enquanto o governador falava na Assembleia, um desembargador ligou para um deputado e disse: “peça ao Belivaldo que vá com mais calma” e deixou claro que o judiciário não vai participar para resolver problemas do Executivo.

SOBRARÁ PARA LUCIANO

A questão de não franquear a palavra aos deputados vai sobrar para o presidente da Assembleia, Luciano Bispo, que foi quem fez o anunciou e vetor questionamentos. Os colegas estão preparados para cobrar isso diretamente a ele.

OPOSIÇÃO FAZ AUÊ

Os quatro deputados da oposição (G-4) fazem um auê nos grupos sociais, embora não tivessem disposição para um debate mais amplo e de oferecer sugestões. Apenas se mexeram para  por na casa uma plateia que os aplaude.

SOBRE RECURSOS NOVOS

Não há possibilidade de conseguir recursos novos. O Governo não quer privatizar e pretende vender ações do Banese. Quer também vender terrenos do Platô de Neópolis e se movimenta para conseguir R$ 150 milhões por antecipação dos royalties, via banco Santander.

VIAGEM PELA FAFEN

Sexta-feira Beelivaldo Chagas viaja ao Rio de Janeiro e, ao lado do deputado Laércio Oliveira (PP), conversa com o presidente da Petrobrás, Roberto Castelo Branco, sobre a Fafen. O empresário Albano Franco também estará presente.

CARGOS PARA SERGIPE

Governo Federal dispôs apenas sete órgãos para que a bancada federal indicasse nomes em Sergipe. A maioria teria que ser assumida por militares ou membros do PSL, o que foi recusado por parlamentares do Estado.

MUDANÇA DE ATITUDE

A bancada federal de Sergipe terá nova reunião na próxima semana e decide posição sobre indicação de nomes. Alguns parlamentares acham que não se deve perder oportunidade e sugerir algum órgão. “Fica ruim a não indicação”.

EM POSIÇÃO LIVRE

O ex-deputado Heleno Silva (PRB) acha que o seu partido não deveria ter cargos a nível federal, porque como um partido de centro tem que aguardar uma posição livre. Vai falar pessoalmente isso ao presidente da legenda, Marcos Pereira.

INDÍCIOS NÃO SÃO BONS

Para Heleno Silva, os indícios do Governo Bolsonaro, nesse início de Governo, não são bons. A impressão é que Bolsonaro só tem o discurso, não tem um projeto definido de desenvolvimento para o Brasil.

IVAN E DESDOBRAMENTO

O ex-prefeito Ivan Leite está aguardando os desdobramentos do Governo Federal e espera que eles repercutam em Sergipe. Acha que a situação está difícil em todos os Estados e espera que se adotem medidas para recuperação da economia.

DA FONTE DE RECURSOS

Ivan Leite defende que a fonte de recursos para encargos seja toda obtida através dos impostos sobre movimentações financeiras, além de uma desburocratização ampla para que reduza gradualmente o desemprego.

FALA POUCO DE POLÍTICA

O ex-prefeito Ivan Leite evitou falar de política e deixou em dúvida se permanecerá ou não no PRB. Quanto à candidatura de sua mulher, Adriana Leite, à prefeita de Estância, Ivan disse: “há possibilidade, mas nada certo”.

ELIANE FOI AO DIÁLOGO

A vice-governadora Eliane Aquino publicou que ela e Belivaldo Chagas foram dialogar com os deputados e falar sobre a situação financeira do Estado: “temos muitos desafios a superar, mas com a compreensão e auxílio de todos podemos ir muito mais longe!”

SOBRE ULICES ANDRADE

Voltou a circular ontem, em bastidores políticos, que o presidente do TCE, conselheiro Ulices Andrade, vem trabalhando discretamente, junto a lideranças, para disputar o Governo do Estado em 2022. Ulices é bom nas articulações.

Dos grupos sociais

///Ouve secretários – A partir da próxima semana a Assembleia Legislativa vai convocar secretários de Estado para ouvi-los sobre a situação econômica do atual Governo, como foi sugerido pelo próprio Belivaldo Chagas. Não há ainda um primeiro nome a ser chamado, mas a tendência é que seja da área técnica.

///Não foi cuidada – Deputado da base aliada disse ontem, depois da exposição de Belivaldo Chagas, que houve valorização dos demais poderes em relação ao Executivo e que o déficit do Estado vem todo da conta da previdência, que jamais foi cuidada como deveria, porque entrou nos gastos e não valorizou com o tempo.

///Pacote Anticrime – Aprovado na CCJ requerimento do senador Rogério Carvalho, que pede audiência pública para debater Pacote Anticrime de Sérgio Moro. “Preocupa-me um Estado policial, o aumento da população carcerária que já a quarta maior do mundo e direitos individuais assegurados na Constituição colocados em xeque”.

///CPI da Toga – Senador Alessandro Vieira (PPS-SE) anuncia que 29 Senadores subscreveram o pedido da CPI das Cortes Superiores. Com responsabilidade, cuidado e respeito às instituições. Representam mais de 53 milhões de eleitores. São de 19 Estados, 11 partidos, unidos para que todos tenham direito a uma justiça transparente e igualitária.

///Ciro Critica PT – Ex-ministro Ciro Gomes (PDT), criticou duramente o PT Disse ter se tornado alvo por ameaçar a “hegemonia apodrecida” da ex-sigla aliada. Ao Estadão, Ciro afirmou que enxerga no “lado bandido” do PT a origem do movimento que culminou na eleição de Bolsonaro e levou a sigla à atual condição de paralisia.

Sobre o mandante – Segundo revela o portal UOL, trecho do inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga a obstrução da investigação sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) cita o ex-deputado estadual Domingos Brazão (ex-MDB) entre os suspeitos de ser um dos “possíveis mandantes” do crime.

Conversas

PT na vice – O prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) pode indicar um outro nome do PT para ser o seu vice nas eleições em que disputa a reeleição.

Mesmo bloco – A expectativa é que o PT volte a apoiar a reeleição de Edvaldo, que deseja contar com o mesmo bloco que o elegeu em 2016.

Um recuo – Houve um recuo no trabalho de pré-candidatos a prefeitos de vários municípios de Sergipe. Perceberam que a antecipação prejudica.

Só em 2022 – O ex-deputado federal André Moura (PSC) não pretende disputar Prefeitura em 2020. É candidato em 2022, mas ainda não decidiu a que.

É coincidência – Apenas para informar: o Governo Federal decide que todos os superintendentes regionais da Codevasf devem ser engenheiros.

Jair despenca – Bolsonaro perdeu 15 pontos de popularidade desde janeiro; segundo o Ibope, novo governo tem só 34% de ótimo e bom.

Ódio não fica – Carlos Ayres Britto diz que “O desafio humanista maior talvez seja este: o discurso do amor não ficar jamais no discurso, pois o discurso do ódio não fica”.

Números ocultos – Subtenente Edgard diz que Ibope, todos já conhecem, erra enquanto pode, quando começa a passar vergonha, inventa números que estavam ocultos.

Ainda há tempo – Ainda há tempo do STF recuar de sua arrogância e, ele mesmo, por ordem em um País sem lei e ministros coniventes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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