Aracaju, 20 de abril de 2024
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Bordadeiras de Tobias Barreto expõem em stand da Seagri na 7ª FAESE

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Especializadas no bordado Richelieu, as tobienses passaram a produzir peças com bordado industrial com brilho, após a injeção dos recursos do Dom Távora para a aquisição de 64 novas modernas máquinas

Pela primeira vez, as artesãs bordadeiras da comunidade Nova Brasília, em Tobias Barreto, estão expondo, para venda, a sua produção de roupas e peças de cama, mesa e banho numa feira estadual, em Aracaju: a 7ª Feira Agropecuária do Estado de Sergipe – Faese, que acontece até domingo (24), no Parque João Cleophas. Elas são beneficiárias do Projeto Dom Távora, que injetou cerca de R$ 371 mil na associação para ampliar sua produção. Com o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), elas agora vêm na Exposição, uma oportunidade a mais de geração de renda.

Especializadas no bordado Richelieu, as tobienses passaram a produzir peças com bordado industrial com brilho, após a injeção dos recursos do Dom Távora para a aquisição de 64 novas modernas máquinas. Para cada novo equipamento, distribuído em pequenos ateliês nas casas das artesãs, uma nova família torna-se sócia-bordadeira. Hoje são 229 sócios, incluindo cônjuges, totalizando 150 artesãs. O projeto começou a ser elaborado entre associação e a equipe do Dom Távora há três anos e incluiu também a aquisição de matéria prima, tecidos, linhas e ferramentas, para iniciar a ampliação da produção.

Josivania Menezes, presidente da associação de bordadeiras, fala da importância da oportunidade dada pelo governo do Estado, tanto com o benefício do Dom Távora quanto com o stand para exposição. “Estamos aqui expondo a cultura de nossa cidade, que é o artesanato, o bordado Richelieu. Se chegamos até aqui foi graças às parcerias e o apoio que estamos tendo tanto do Estado quanto da Prefeitura. A palavra que temos é gratidão. Está sendo motivo de muita alegria e honra estar pela primeira vez nesta feira, representado Tobias Barreto através a associação”, disse a artesã.

A presidente conta que as 15 máquinas antigas, alocadas no espaço comum da associação, servem tanto para fazer a confecção de novas peças, quanto para capacitação dos jovens, bordadeiras e bordadeiros. “Já temos 10 meninos inseridos no processo do bordado, sendo que um deles já atua profissionalmente”, disse orgulhosa Josivania. Entre as peças trazidas para vender em Aracaju, ela conta que há artigos bastante variados, desde toalhas de rosto bordadas até a indumentária completa utilizada em cerimônias de religiões de matriz africana, adornadas com bordados detalhados. Os preços variam de R$ 5 a R$ 550.

Segundo a artesã Gilvanda Correia de Andrade Silva, com os novos equipamentos que a associação recebeu, o trabalho de peças bordadas passa por diversas etapas, empregando mais pessoas.  “São vários processos: o corte do tecido e o desenho, aí vem outra pessoa que vai fazer o bordado cheio, aí a outra vai abrir o Richelieu e outra vai fazer o bordado com brilho industrial, e por último vem a costura e o acabamento. Uma pessoa só levaria dois dias e meio para fazer uma peça detalhada. O tecido que a maioria do pessoal quer é o 100% algodão, mas também com o voil e também com outros tipos de tecido, a depender do cliente”. De acordo com ela, a adoção de novas técnicas e materiais amplia o leque de artigos à venda.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, que já havia ido a Tobias Barreto conhecer o trabalho das bordadeiras de perto, visitou o stand na abertura da Feira, realizada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe – Faese. “A secretaria agradece este espaço em que pudemos alocar beneficiárias do projeto Dom Távora. Elas foram capacitadas, receberam maquinário de corte e costura e matéria prima, e agora têm a oportunidade de expor e vender seus produtos”, disse André. Ainda segundo o secretário, no mesmo stand, expõem produtos derivados da mangaba, os agricultores familiares do Projeto Agroextrativista São Sebastião, em Pirambu.

Sobre o Dom Távora
O Projeto Dom Távora é gerido e parcialmente financiado pelo governo de Sergipe, que conta com o aporte do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). Desde agosto de 2013, mais de 94% de recursos do FIDA já foram desembolsados; encontra-se atualmente com 132 planos de negócios financiados nas comunidades e 5.259 famílias beneficiadas (90% da meta atendida para beneficiários dos projetos), com valor total investido de R$ 41 milhões, sendo R$ 31,6 milhões de recursos FIDA e R$ 9,4 milhões de contrapartida do Estado de Sergipe.

Fonte e foto assessoria

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