Segundo ele, eficiência e combate à corrupção serão marcas do governo
da Agência Brasil
“Clareza em termos de convencer os nossos parlamentares, e mais do que eles, a nossa população. A [clareza da] determinação de levar isso à frente, e a paciência de negociar tudo aquilo que tiver que ser negociado”, disse Mourão, antes de fazer palestra para cerca de 700 empresários que lotaram o teatro da Fiesp e uma área anexa, na avenida Paulista, em São Paulo.
Mourão reiterou a confiança e o respeito do presidente Jair Bolsonaro à Constituição e à democracia.
“Jair Bolsonaro não é e nem nunca será uma ameaça à democracia. Ele tem um firme compromisso com a Constituição e as instituições. Todos podem ter certeza que nós vamos enfrentar o que tem que tem que ser enfrentado e queremos marcar a nossa administração pela eficiência, pela responsabilidade e por zero corrupção.”
Carga tributária
Além da reforma da Previdência, Mourão abordou temas como reforma tributária, educação, privatização, tributos e comércio internacional. Ele enfatizou que o governo precisa fazer um forte ajuste fiscal e investir na produtividade do país.
“A baixa produtividade do país é explicada por uma conjunção de fatores, entre as principais medidas dessa área, que nós teremos que tomar, está reforma do sistema tributário”, disse. “Temos que reorganizar o sistema tributário e reorganizar as taxas que incorrem sobre os senhores.”
Para o vice-presidente, é necessário promover uma abertura tem de ser “lenta, gradual e segura”. “Temos que abrir a economia [brasileira] ao comércio mundial. Se nós não reorganizarmos o sistema tributário, uma abertura da noite para o dia do nosso país vai acabar com nossa indústria”, reiterou.
Mourão ressaltou ainda que o governo deverá “privatizar aquilo que tem que ser privatizado” e terá de promover uma revolução no sistema educacional do país. “Precisa de um freio de arrumação. Faço a autocrítica perante todos. Mas temos que mudar o nosso sistema educacional. Não é possível que nossos jovens tenham os índices mais baixos do Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes].”
BPC
Mourão também destacou que é necessário rever o contrato social estabelecido na Constituição de 1988 e o sistema do Benefício de Proteção Continuada (BPC). “Tínhamos um contrato social estabelecido pela constituição de 1988. Chegou a hora de rever esse contrato. Precisamos de um novo processo orçamentário, que combine melhor a eficiência da máquina pública com a justiça distributiva”, disse.
Segundo Mourão, com o BPC pago a partir dos 65 anos, o sistema tributário para essas pessoas fica inviável. “Para se aposentar por idade tem que chegar, pelo atual sistema aos 65 anos, tendo pago ao menos 15 de anos de contribuição e ela vai receber só um salário mínimo. Por que ela tem que contribuir, se ela vai receber a mesma coisa sem contribuir. Temos que olhar isso. Não há mais como sustentar isso aí”, disse.