Aracaju, 25 de abril de 2024
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Bio produtos para prevenção câncer são pesquisados em Sergipe

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Com perspectiva de que1,2 milhão de novos casos de câncer surjam entre 2018 e 2019, a pesquisa para desenvolvimento de medicamentos de prevenção se torna urgente. Em Sergipe, o programa de Pós-graduação em Saúde e Ambiente da Universidade Tiradentes possui pesquisa na área por meio do trabalho desenvolvido pelo professor Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque Júnior.

Por meio de estudos de recursos naturais como própolis vermelha, Ricardo Luiz pesquisa extratos de plantas voltados para cicatrização e para prevenção de câncer.

“Minha linha de pesquisa é desenvolvimento e testagens in vitro e em vivo e, agora, também em humanos de bio produtos para cuidados de saúde, principalmente para cicatrização de feridas crônicas e para atividade bio preventiva para câncer. A ideia é que a gente consiga encontrar tratamentos para essas afecções, como feridas crônicas e o pé diabético. Outra coisa são as doenças crônicas com o aumento da expectativa de vida, como o câncer. Queremos encontrar estratégias que possam ajudar na prevenção. Para isso, usamos o que o Brasil tem de melhor que são os recursos naturais. Estamos explorando essa diversidade com ênfase no que temos na região”.

A pesquisa com extratos para cicatrização, por exemplo, está em fase de testes com humanos, de acordo com o protocolo da Anvisa, que envolve parcerias com unidades de saúde. “Trabalhamos a própolis vermelha, barbatimão, que são da região. Estamos passando por etapas em humanos. Para testar em humanos, tem todo um protocolo, seguir a Anvisa, firmar parcerias com postos de saúde. São etapas lentas, mas estamos no menor estado da federação, no Nordeste, numa Instituição privada e, ainda assim, nós termos um grupo forte de pesquisadores, é muito louvável”, disse, lembrando que é bolsista pelo CNPQ.

Bolsa em produtividade

Bolsista do programa de Pós- graduação pleno, nível 3, Ricardo compõe o time de pesquisadores da Universidade Tiradentes que se destaca pela produtividade. As bolsas em produtividade do CNPQ constituem uma modalidade de incentivo para os pesquisadores que têm a maior produção científica.

“Na verdade, menos de 1% dos pesquisadores detém bolsa de produtividade. Quando o pesquisador recebe uma bolsa de produtividade, é um atestado de sua produção científica, facilita na hora de solicitar recursos para custeio, viagens, tudo aquilo que é fomentado pelas agências públicas e privadas de incentivo de pesquisa. Temos um número de pesquisadores com bolsa de produtividade muito alto, compatível com instituições do sudeste do País”.

Currículo

Ricardo Luiz possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1994), mestrado em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1998) e doutorado em Patologia Oral pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2002). Atualmente, é pesquisador do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (Aracaju), além de professor Titular de Patologia Oral e Maxilofacial do Curso de Odontologia e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente (Mestrado/Doutorado), ambos da Universidade Tiradentes e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação da Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO).

Por Ana Dulce de Melo

Foto assessoria

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