Aracaju, 14 de maio de 2024
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PSICÓLOGO EXPLICA O QUE É TRANSTORNO BIPOLAR E IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO

O transtorno bipolar é uma doença que causa alterações periódicas de humor, episódios depressivos, alternando com episódios de mania. Antigamente, era conhecido como psicose maníaca depressiva e, hoje, é considerado um transtorno afetivo porque se percebeu pela clínica que essas pessoas que são acometidas por esse transtorno têm oscilações de humor com frequência, passando de euforia para depressão, acompanhado de sintomas psicóticos como alucinação e delírio.

O psicólogo e gerente da Humanização do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Elder Magno, explica que o transtorno bipolar é fundamentalmente uma desregulação do humor, um modo como a pessoa se afeta com a realidade externa.

“É isso que é o adoecedor e que produz sofrimento no transtorno bipolar, já que a pessoa tem crises explosivas, agitação, e comportamento desproporcional aos estímulos que acontecem ambientalmente. Fatores estressores como dinâmica familiar, traumas, perdas, estão entre os fatores ambientais, mas, também tem um componente neuroquímico onde as pesquisas estão apontando para um componente hereditário, um transtorno multicausal com fatores ambientais e hereditários”, destacou.

Ele ressaltou, ainda, que o tratamento é feito, hoje, a partir de três estratégias fundamentais. “Medicamentoso, o que a gente chama de estabilizadores de humor; psicoterapia, para aprender a identificar o que mais desregula e afeta e suporte familiar. Nesses episódios de crise maníaca ou depressiva, a sociabilidade da pessoa que tem transtorno bipolar fica prejudicada podendo gerar comportamento agressivo e isolamento. A psicoterapia, através da psico educação e do autoconhecimento, identificar aquilo que desregula e ajuda a produzir mudanças de atitudes”, revelou.

A doença não tem cura, mas o tratamento pode ajudar a pessoa com transtorno bipolar a manter sua qualidade de vida.O transtorno bipolar é considerado um fator de risco para o comportamento suicídio, por isso, o tratamento deve ser constante para prevenção da oscilação e evitar a crise.  O tratamento deve ser seguido a risca para prevenir oscilação e crise, ou seja, a pessoa estável não pode parar de tomar a medicação, além de ter o suporte familiar”, enfatizou.

SES

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