Aracaju, 25 de abril de 2024
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Operação não tem “simbiose” com a honradez da família Passos em Ribeirópolis!

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Na última sexta-feira (12), a Secretaria da Segurança Pública (SSP), através do Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) da Polícia Civil, cumpriu mandados de busca e apreensão na Secretaria Municipal de Agricultura da Prefeitura de Ribeirópolis e na residência de particulares envolvidos com o abate de animais no matadouro do município. A investigação policial apura um suposto desvio de recursos públicos provenientes da arrecadação de taxas com o abate de animais no matadouro do município.

Setores da imprensa chegaram a ventilar a possibilidade de a Operação ser uma espécie de retaliação do governo à atuação do líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Georgeo Passos (REDE), filho do prefeito de Ribeirópolis, Antônio Passos. Rapidamente a SSP rebateu as insinuações e setores do governo já confirmaram que as supostas injúrias serão questionadas judicialmente. Este colunista não vai entrar nesse mérito, vai respeitar e aguardar os desdobramentos das investigações, e vai esperar o Judiciário para se aprofundar no assunto.

Agora este colunista, pelo tempo que já atua no jornalismo político, pelas leituras que fez e pelos fatos que viveu, sentiu-se na obrigação de fazer justiça com a Família Passos. Uma “oligarquia” para alguns adversários trata-se de das organizações sociais que mais se identificam com o Legislativo sergipano, cujo respeito e reconhecimento da opinião pública passam de geração a geração. Foram oito mandatos na Alese de Chico Passos (in memoriam), cinco mandatos de Antônio Passos e hoje vivemos o segundo mandato de Georgeo Passos.

No início desta “dinastia”, houve sim associação com o “coronelismo”, é verdade! Os tempos eram outros. Mas a história mostrou que a Família evoluiu, ao ponto de comandar o Poder Legislativo, com uma gestão histórica (a criação da TV Alese é algo marcante e democrático) e de hoje ser “referência” no parlamento, pelo trabalho realizado. A seriedade, dignidade, fidelidade e honestidade dos Passos ultrapassam as divisas de Ribeirópolis. São políticos “de palavra”, algo que deveria ser comum neste meio, mas que ainda chama muita atenção.

A investigação da Polícia Civil deve sim continuar até que se esgotem todos os questionamentos, até que não paire qualquer dúvida. Se alguém errou, se identificado, que responda por seus atos. Agora, diante de tudo o que foi colocado, de sexta-feira para cá, este colunista “crava” que a Operação não tem “simbiose” com a honradez da família Passos em Ribeirópolis! É algo que não está em discussão! E assim como fizeram, se avô e seu pai, que o jovem deputado Georgeo continue exercendo seu mandato na Alese, com independência e dignidade. Ganha o povo de Sergipe…

Veja essa!

A informação da SSP é de que era cobrada uma taxa de R$ 55 por cabeça de gado; porém, o código tributário municipal estabelece o valor de R$ 15 por cada bovino abatido. A investigação comprovou que 2.300 animais são abatidos mensalmente no município e que a gestão dos recursos públicos oriundos das taxas era feita por duas pessoas que não integram o quadro de servidores do município.

E essa!

Por sua vez, este colunista apurou que no início de 2017 a taxa por abate era R$ 35 e que, em 2018, o valor foi reajustado para R$ 40 (existe lei municipal estabelecendo essa taxa) e não R$ 55 como colocou a SSP. Comenta-se também que a arrecadação era depositada em uma conta da Prefeitura de Ribeirópolis e os valores são devidamente contabilizados. Vale registrar, inclusive, que desde novembro do ano passado que o matadouro está fechado.

Recurso boomerang

Ainda sobre as “Operações”, bem que os órgãos fiscalizadores poderiam promover em Sergipe uma investigação profunda sobre o “salário boomerang”, ou seja, é aquele recurso público que o político paga a um servidor por um serviço prestado, mas que “estranhamente” esse dinheiro “volta para a origem”.

 Bomba!

No final de semana ventilou-se que um político sergipano, com mandato no Congresso Nacional, é um “recordista” nesta espécie de “recurso boomerang”. Quem denuncia diz que se os órgãos de controle tiverem interesse, basta avaliar o quadro de servidores registrados em BSB e buscar informações em Sergipe. Algumas famílias chegam a “nomear” dois ou mais assessores em um mesmo gabinete. Que coisa!

Agiotagem

Nos próximos dias este colunista vai começar a externar uma investigação que vem fazendo onde um setor público em Sergipe teria relação direta com a agiotagem. Por enquanto são apenas rumores, mas é preciso interligar alguns “fios”. Se concretizar, certamente o assunto vai dar o que falar…

Exclusiva!

Durante o programa Inove Notícias, da Liberdade AM 930, na sexta-feira (12), com a presença deste colunista e sob a apresentação de Kléber Alves e Nivaldo Cândido, além da produção de Elder Santos, o deputado estadual Garibalde Mendonça (MDB) confirmou que é pré-candidato a prefeito de Aracaju.

Vai dialogar!

Garibalde disse no programa que ainda espera poder dialogar com Edvaldo Nogueira, mas avaliou como positivo o fato de o povo de Aracaju ter mais opções para a PMA. O deputado confirmou a informação da coluna que vem conversando sobre a capital com o suplente, Róbson Viana (PSD).

Galeguinho conversa

Garibalde também confirmou que o governador Belivaldo Chagas, talvez por conta da atuação da oposição na Alese, já iniciou as conversas com os deputados estaduais. O emedebista disse que teve um encontro com o governador e que o diálogo com o Legislativo voltou na quinta-feira (11).

MDB

Garibalde também confirmou seu descontentamento com o “isolamento” dentro do MDB e não descartou uma mudança de partido. Mas confirmou que tem uma audiência com o ex-governador Jackson Barreto (MDB) nesta segunda-feira (15), para tratar do assunto.

Máfia dos Shows

Na próxima coluna este jornalista abordará a coletiva do Deotap, na manhã dessa segunda-feira (15), que indiciou pessoas envolvidas com a contratação de shows de 2009 a 2015, em Aracaju, movimentando um volume de R$ 55 milhões, aproximadamente, conforme declaração da delegada que acompanha o caso.

Falando nisso

Durante a audiência pública para debater as dificuldades dos artistas sergipanos, promovida pelo deputado estadual Georgeo Passos (REDE), o conhecido músico sergipano Cebolinha do Forró desabafou. “Passamos seis meses brigando com o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), para receber o nosso cachê da apresentação do Forró Caju! É triste, mas hoje o artista sergipano, os forrozeiros vivem mendigando para tocar, porque não podem se apresentar”.

Empresários mandam

Cebolinha do Forró denunciou para os presentes que “alguns empresários parecem os donos das prefeituras e ali só se apresentam as bandas controladas por eles e os artistas nacionais. Tem que fazer uma CPI no Forró Caju e nos demais Forrós do Estado para identificar esses tiradores de notas fiscais que se aproveitam dos forrozeiros e ainda cobram 20%! Isso é um cartel”, denunciou.

Direcionamentos

Segundo ele, assim que chega à prefeitura, o artista já é direcionado para o empresário e que não adianta o cidadão abrir a própria empresa. “Pode deixar quantas propostas quiser! Você não vai tocar porque não é do interesse dele! Não vão deixar de contratar uma banda por R$ 50 mil, onde ele vai ter um retorno, para chamar a gente e não ganharem nada em troca! Espero que essa audiência pública tenha frutos”.

Zé Rozendo e Marluce

Por fim, Cebolinha do Forró externou uma realidade triste dos artistas sergipanos. “Todos conhecem Zé Rozendo e Marluce em Sergipe. Ela está em uma cama, doente e seu esposo me procurou, buscando apoio. Ninguém da Secretaria Municipal de Cultura ou Estadual de Cultura apareceu para levar ajuda, para dar algum medicamento. Sou filho de Lourinho do Acordeon com orgulho, mas às vezes tenho vergonha de dizer que sou artista sergipano”.

Jaílson do Arcodeon I

Outro que também se manifestou foi o tradicional Jaílson do Acordeon. Ele parabenizou Georgeo Passos e a Assembleia Legislativa pela iniciativa e colocou que não se arrepende de nada que disse na entrevista que concedeu, em rede nacional, ao jornalista Roberto Cabrini, recentemente, sobre uma suposta “Máfia dos Shows” em Sergipe.

Jaílson do Arcodeon II

“Só falei a verdade e não me arrependo de nada! Não tenho medo porque não menti, não inventei! Nós, artistas sergipanos, estamos sofrendo com essa situação. Com o abandono porque não temos espaços para trabalhar! Quando disseram que vinham R$ 16 milhões para Sergipe, imaginei que ia ganhar uns R$ 16 mil, pelo menos. Toquei no Forró Caju por R$ 5 mil e, tirando os impostos, me restaram apenas R$ 4 mil. E para onde foram esses recursos?”, questionou.

Sérgio Lucas I

Também presente na audiência pública, o juiz de Direito e músico, Sérgio Lucas, que defendeu o fortalecimento da sergipanidade. “Junto com Paulo Correa buscamos transformar o forró de raiz em um patrimônio imaterial da Nação Brasileira. O Forró não pertence a Sergipe e nem ao Nordeste, ele pertence ao Brasil. Temos que promover a sergipanidade!”.

Sérgio Lucas II

“O gênio Rogério, que nos deixou antes da hora, despontou em a briga de Campina Grande e Caruaru, sobre quem seria a capital do forró, e disse que o nosso Sergipe está acima dessa disputa porque éramos o País do Forró”, desabafa, pontuando que Sergipe transformou-se no “País do Forró” porque todos os 75 municípios promoviam festejos juninos e o Estado era um “grande arraial”.

Sérgio Lucas III

“Depois veio o forró eletrônico, que na verdade é um vaneirão. Era interessante porque uma banda contratada já tocava por umas cinco horas. Depois veio uma invasão muito maior com o sertanejo. Gosto desse ritmo e não tenho nada contra, mas quem vai falar do nosso barco de fogo? Da Praia de Atalaia, da Colina do Santo Antônio, da Serra de Itabaiana ou da Maniçoba de Lagarto?”, questionou.

Como pagar?

Por fim, Sérgio Lucas disse que enquanto um artista sertanejo vem ganhando uns R$ 400 mil para tocar, como atração principal da noite, os artistas sergipanos ganham minguados R$ 2 ou R$ 3 mil. “Isso ainda recebendo tapinhas nas costas, com o prefeito ou empresário se vangloriando, passando a sensação que está prestando um favor”, disse, pontuando ainda que enquanto o artista nacional sobe no palco com o dinheiro na conta, o artista local toca e não sabe nem se vai receber. “Isso é desrespeitar o artista! Como vou pagar os ensaios? E os instrumentos e músicos? Como vamos produzir algo bom?”.

Mingo Santana I

Também palestrante, o cantor e compositor sergipano Mingo Santana, disse que a discussão vai muito além de pagar os cachês em dia, mas que é necessário “pagar bem” aos artistas sergipanos. “Deixamos de ‘plantar’ e hoje estamos colhendo esse prejuízo de identidade. As pessoas aqui torcem mais pelos times do Sul do País do que pelos nossos”.

Mingo Santana II

“Precisamos de mais leis que nos obriguem a tocar mais, para que gente seja mais conhecido. É preciso que o artista sergipano se una mais, se valorize mais. O que semeamos na Cultura hoje, vamos colher no amanhã!”, completou Mingo Santana, lamentando que a Cultura esteja privatizada e focada apenas em shows milionários. “Hoje a moda sobrepõe a cultura e o forrozeiro é discriminado”.

Paulo Correia

Outro palestrante no evento foi o jornalista e pesquisador Paulo Correia. Ele agradeceu a oportunidade de falar para os artistas sergipanos e destacou a iniciativa do deputado Georgeo Passos. “Temos que valorizar o ritmo forró! Estão confundindo as cosias e nossos artistas ficam discriminados, são esquecidos nos eventos. Este tipo de evento é fundamental para que essa categoria possa se unir e buscar o respeito por suas obras, por seus trabalhos”.

Sargento Vieira I

O Sargento Reformado da PM, Jorge Vieira, questiona a falta de diálogo do governo sobre a data-base para a concessão da reposição inflacionária para o servidor público. “Em abril, aqueles que carregam a máquina pública do poder executivo estadual estarão completando sete anos sem a reposição da inflação. Nem nos tempos dos governos conservadores de João Alves Filho e Albano Franco o servidor passou tanto tempo com seus vencimentos congelados”.

Sargento Vieira II

Segundo Vieira, o sistema de inteligência do Governo do Estado está “monitorando os sindicatos e associações” para que acompanhem as movimentações de caráter reivindicatório programadas para o mês de abril. “A Polícia Militar terá participação importante neste processo, sendo usada como massa para reprimir eventuais abusos de quem está com o orçamento apertado para cumprir suas obrigações necessárias. Há casos de funcionários públicos recebendo menos que o salário mínimo”.

Sargento Vieira III

“Como se não estivesse preocupado com tal situação o Governador Belivaldo Chagas vem usando seu comportamento arrogante para humilhar os coronéis que comandam a última linha de frente entre a ordem e o caos. Nem Marcelo Déda, que nos perseguiu barbaramente durante seu governo, ousou tanto”, completou.

Coronel Eduardo

Sargento Vieira questionou a exoneração do Coronel Eduardo da Chefia do Gabinete Militar. Segundo ele o militar perdeu a função “como se fosse um Office Boy”, após ter sido instrutor de diversas turmas de formação da PM. “Sempre foi preocupado com as questões da caserna naquilo que era de seu alcance”.

Humilhação I

Por fim, Vieira vê como “humilhação” com os coronéis a nomeação para ocupar o cargo de Chefe da Casa Militar um major. “Não estamos aqui a julgar a capacidade ou não do nomeado para o cargo, ainda que de forma interina, em bem exercer suas atribuições. O que estamos questionando é o fato de, havendo mais 14 coronéis na Polícia Militar, todos concursados e habilitados para o cargo, o governador atropelar a legislação que prevê que tal cargo é privativo de Coronel QOPM e nomear um oficial mais moderno para tal importante função”.

Humilhação I I

Vieira disse que ao ingressarem na corporação, os militares são preparados a respeitar a hierarquia e a disciplina. “Se a lei diz que o cargo de Chefe da Casa Militar é de Coronel PM, se há mais 14 coronéis além do Coronel Eduardo na corporação, por que cargas d’água, ainda que interinamente, Belivaldo não nomeou um coronel para exercer o cargo? Por que?

 Reforma da Previdência I

Durante audiência pública sobre a Reforma da Previdência, promovida pelo deputado estadual Iran Barbosa (PT), na manhã da sexta-feira (12), no plenário da Assembleia Legislativa, o senador Rogério Carvalho (PT) enumerou alguns pontos como “inegociáveis” na discussão do texto da Reforma, mas reconheceu que não dá para fazer um enfrentamento sobre o projeto como um todo. Ele defende a construção de pontos de consenso.

 Reforma da Previdência II

Rogério Carvalho pontuou que o Brasil acompanha um processo de reorganização do capitalismo em torno dos grandes fundos de investimentos e na busca da liquidez financeira do mundo. “Todas as ações do clã Bolsonaro são movidas por ideologias de Estado. A proposta é que o indivíduo é capaz de prover suas necessidades sem a presença, sem a intervenção do Estado”.

Rogério Carvalho

Em seguida, o senador petista colocou que o “pilar” da inclusão pelo Direito é a Seguridade Social. “É o Estado cumprindo o papel na distribuição da riqueza. Vejam o impacto na economia que tivemos nas regiões Norte e Nordeste, durante os governos de Lula, com o aumento do salário mínimo, impactando na aposentadoria rural. Em Nossa Senhora da Glória, por exemplo, para cada real de FPM que entra, mais de R$ 4 é para aposentadoria rural”.

Pressão popular

Rogério Carvalho colocou ainda que em 60 dias do novo Congresso, a bancada do PT já conseguiu criar junto à opinião pública o entendimento que andar com armas não é mais seguro, que a Reforma da Previdência não é necessária, contra o pacote anticrimes. “Essa coisa de autorizar matar sob qualquer circunstância é algo absurdo! Estamos vencendo isso junto ao povo e temos que ampliar esses debates. Até para a gente impor os rumos que esta Reforma terá no Congresso Nacional”.

Pontos de consenso

Por fim, Rogerio colocou que já promoveu um jantar para 28 senadores das regiões Norte e Nordeste e que, no próximo dia 23 vai tentar reunir mais de 40 senadores e os governadores dessas regiões. “A questão do BPC (Benefício de Prestação Continuada), da aposentadoria rural, a desvinculação do salário mínimo são coisas que não podem entrar em negociação! Não dá para fazer o enfrentamento achando que 100% da nossa pauta será aprovada. Temos que construir pontos de consenso na Reforma”.

Debate

O debate foi realizado em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômico (Dieese) e com centrais sindicais de Sergipe. Foram convidados o doutor em Direito Político e Econômico, professor, advogado sindical e de movimentos sociais, Maurício Gentil, e o economista e supervisor técnico do Dieese em Sergipe, Luís Moura.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

habacuquevillacorte@gmail.com e habacuquevillacorte@hotmail.com

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