Aracaju, 13 de maio de 2024
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Direito em defesa das minorias é rota de mudança na sociedade

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Professora da UNINASSAU Aracaju fala sobre a inclusão social como foco para a profissão

Por Suzy Guimarães

Falar de um Direito que vise defender e apoiar as minorias, que, de fato, pense no outro com respeito e ética, esta deve ser a grande motivação da carreira nos dias de hoje. Quem afirma é a coordenadora do curso de Direito da Faculdade UNINASSAU Aracaju, Maria Lúcia Ribeiro dos Santos. A docente aborda a inclusão social das minorias dividindo os acontecimentos em quatro fases, a começar pela exclusão seguindo pela segregação, passando integração até a inclusão social.

“É preciso entender que a exclusão está presente desde sempre na sociedade. Nesta fase, que em sua maior parte ficou no passado, havia a técnica da eliminação, na qual as pessoas com deficiência eram excluídas da sociedade, sendo abandonadas e mortas. Na segregação, verificamos que as pessoas com diferenças ou deficiências eram escolhidas para servir a sociedade e ajudar os outros. Alguns, que não conseguiam servir, eram mortos e jogados de penhascos”, explicou a professora.

Na terceira fase, Maria Lúcia observa que ocorreu a integração. Quando as Igrejas e as instituições se juntaram buscando ajudar as pessoas.  Já na inclusão social, ela ressalta que a sociedade passa a ter a obrigação de inserir as pessoas dentro do contexto social, ofertando todo o seu aparato de mobilidade para que esses cidadãos tenham seus direitos respeitados. “Ainda na inclusão social vemos uma resistência da própria sociedade que ainda não compreende que é seu dever de cidadã incluir. Assim, é nosso papel, enquanto facilitadores de Direito, pensar em outros grupos minoritários como negros, índios, todas as minorias que incluem também LGBT, idosos e tantos outros”, ressaltou Maria Lúcia.

DADOS

A professora revela que, no Brasil, existem 45 milhões de pessoas com deficiência, o que corresponde a 24% da população brasileira. “Existem as cotas para pessoas com deficiência nas empresas, mas o número é inexpressivo diante do total. Não há mobilidade nas ruas e nas calçadas, ou seja, as pessoas com deficiência sentem dificuldade para se deslocar, o que finda por causar depressão e desânimo”, explicou a advogada. Ela disse que o curso de Direito segue na vertente de capacitar profissionais que tenham essa sensibilidade, empatia e a prioridade de ajudar os outros.

“Buscamos formar o profissional de Direito como aquele capaz não só de estar num escritório, fazer uma carreira jurídica ou outra, mas de ter a sensibilidade de realizar projetos e fazer propostas para ajudar os que mais necessitam. Isso temos passado para nossos alunos na UNINASSAU, no sentido de que eles busquem apoio em obras literárias não só jurídicas, mas de filosofia, sociologia para que possam entender melhor o mundo. É preciso compreender e pensar além da profissão para estar realmente pronto”, concluiu a professora.

Sem distinção – O diretor da UNINASSAU Aracaju, Yuri Neiman, disse que inclusão é parte integrante do pensamento da instituição. Ele observou que formar profissionais sem distinção e inseri-los no mercado de trabalho é, com certeza, trabalhar com uma política de inclusão. “Temos alunos de todas os credos, raças, etnias e com ou sem deficiência. Todos fazem o melhor e, com certeza, serão grandes profissionais independentes de sua condição física, aparência ou escolhas”, certificou o diretor.

Foto assessoria

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