O objetivo foi promover uma maior integração com os coordenadores municipais de cada lugar que tem o programa de tratamento do fumante
Na manhã desta quarta-feira(24), a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Coordenação do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, reuniu, no auditório do Centro Administrativo da Saúde (CAS), coordenadores municipais, a fim de fortalecer as ações desenvolvidas nos municípios para o controle do tabagismo. Atualmente, há 60 municípios sergipanos capacitados para o programa de tratamento do fumante.
“Como ainda estamos no primeiro semestre, o objetivo foi promover uma maior integração com esses coordenadores municipais de cada lugar que tem o programa de tratamento do fumante, fortalecendo as ações para desenvolvimento de controle, com foco na política nacional, que estão descentralizadas para esses municípios. Essa aproximação é muito importante principalmente pela troca de experiências, oportunidade em que podemos conhecer coisas ricas e importantes que estão sendo desenvolvidas nesses locais”, comentou a coordenadora do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, Lívia Angélica da Silva.
No encontro, foi apresentado o panorama da política nacional e estadual, os avanços, os desafios, no Brasil e no estado de Sergipe, as ações intersetoriais, principalmente na Atenção Primária, como o Programa Saúde na Escola (PSE), as Academias de Saúde, o Núcleo de Atenção à Família (NASF), as Práticas Integrativas e a Vigilância Sanitária que atua na fiscalização.
“Abordamos, também, os processos de trabalho que são importantes na organização para que possamos alcançar os resultados esperados, sempre trazendo para eles a singularidade de cada local, a questão do monitoramento que traz respostas concretas, através dos sistemas de informação, para trabalhar com mais segurança e justificar todo o investimento que se faz com medicamentos, manuais e outros insumos necessários na oferta do tratamento. A reunião foi muito proveitosa, tivemos a presença de 60 pessoas, e o objetivo é fazer isso de forma contínua porque essa proximidade propicia a criação de vínculos que ajuda os profissionais a trabalharem suas ações”, explicou Lívia.
Para o farmacêutico de Porto da Folha, Alexandre Leite Freitas, “esse programa é de suma importância para agregar os municípios que ainda não foram inseridos. Lívia apresentou algumas situações nacionais e a gente percebe a importância de implantar o programa no município. A gente quer levar esse programa para Porto da Folha e que ele tenha uma continuidade”, disse Alexandre.
Em Ribeirópolis, o programa de controle do tabagismo tem feito muito sucesso, conforme conta o cirurgião-dentista, sanitarista e referência técnica do Programa Municipal de Controle do Tabagismo e Saúde Bucal, Marlos Cesar Bomfim Cabral. “No município, a gente implantou o programa em 2017 e 100% dos usuários de tabaco que fizeram parte do primeiro grupo deixaram de fumar. Abrimos então um novo grupo e hoje temos dois grupos em andamento, de forma simultânea, e já temos uma lista de espera de 30 pessoas para quando a gente finalizar esses dois e abrimos o próximo. O programa tem dois anos e em pouco tempo já conseguimos essa experiência exitosa apresentando os resultados, inclusive, em reunião dos secretários municipais de Saúde”, disse Marlos.
Queda da Prevalência
Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde (MS) confirma o sucesso alcançado pelo Programa Estadual de Controle do Tabagismo coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) no estado de Sergipe. A apuração dos dados foi realizada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) que, desde 2006, monitora a frequência e a distribuição dos principais determinantes das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), somente nas capitais dos 26 estados brasileiros. Aracaju está em segundo lugar com os menores índices de fumantes, 4,8%, em relação ao Brasil com 10,1%. A primeira é Salvador com 4,1%.
O Tabaco Mata
De acordo com dados do Instituto do Câncer (INCA), os produtos de tabaco matam seis em cada dez consumidores e das mortes anuais causadas pelo uso desse produto, 34.999 correspondem a doenças cardíacas; 31.120 mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), 26.651 por outros cânceres, 23.762 por câncer de pulmão, 17.972 mortes por tabagismo passivo, 10.900 por pneumonia e 10.812 por acidente vascular cerebral (AVC). O tabagismo é considerado, também, uma doença pediátrica, pois 80% dos fumantes começam a fumar antes dos 18 anos. No Brasil, 20% dos fumantes começaram a fumar antes dos 15 anos.
Fonte e foto assessoria