Aracaju, 12 de maio de 2024
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Prefeitura de Aracaju reduz índices de reprovação e evasão escolar

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Dados levantados pelo Ministério da Educação (MEC) sobre o fluxo, aprovação e evasão escolar da rede pública em todo o país indicam evoluções das escolas da rede municipal de ensino de Aracaju em 2018. O avanço nos indicadores em relação ao abandono, reprovação e aprovação escolar reafirmam, por mais um ano, o resultado positivo que vem sendo alcançado pelo projeto Qualidade do Ensino, iniciado em 2017. O projeto, que tem como objetivo a ascensão do ensino público, faz parte do Plano Municipal de Educação (PME) da Prefeitura de Aracaju.

Um dos principais objetivos do programa, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação da Aracaju (Semed), através do Departamento de Educação Básica (DEB), é diminuir o abandono escolar, visto que muitos estudantes que deixam de frequentar a escola acabam não voltando aos estudos. Por isso, de acordo com o diretor do DEB, Manuel Prado, dos três aspectos estudados pelo MEC, nos quais as escolas da rede municipal apresentaram melhorias em relação ao ano de 2017, a diminuição da evasão escolar é um aspecto muito importante a ser observado.

“Nosso objetivo é que a evasão chegue a 2%, e nós já chegamos a 2,4%, muito próximo do que está no planejamento estratégico do município. Em um ano, a gente diminuiu 0,8%. Parece pouco, mas é um número muito bom e é sempre importante destacar que combater a evasão escolar é um dos pilares do nosso projeto”, destaca.

Mesmo com uma melhora do ano de 2017 para 2018, segundo Manuel Prado, comparando os dados atuais com os indicadores dos anos anteriores ao novo Plano Educacional, a progressão das escolas da rede municipal foi ainda mais significativa. “Considerando os últimos cinco anos, nós alcançamos o maior índice de aprovação na rede. Em 2013, por exemplo, a taxa de aprovação era de 78% e, em 2018, esse número foi de 83%. Esse crescimento de alunos aprovados acompanha a diminuição da evasão escolar em todos esses anos, isto representa um grande feito”, comenta.

O diretor salienta, ainda, que o fato de mais alunos alcançarem a aprovação não significa que a qualidade do ensino esteja pior, ou  ainda, que haja uma facilitação para os estudantes serem aprovados. “Há uma ideia cristalizada no Brasil que reprovar significa um trabalho qualificado da instituição educadora, como se a reprovação do aluno fosse um testemunho do esforço da escola em qualificar os processos de aprendizagem, que naturalmente irão fazer reprovar aqueles que não estariam aptos a absorver o que estudaram, mas não é bem assim. Esse tipo de mito, infelizmente, ainda é responsável por um percentual significativo da retenção escolar. Estes dados mostram que há um ambiente escolar melhor e consequentemente o nível de ensino fica mais qualificado e mais alunos conseguem ser aprovados”, analisa.

Contexto social

Em 2015, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) publicou um trabalho, demandado pela Semed, que estudava a relação entre a renda das famílias e os níveis de escolarização, além dos índices de alfabetização até os oito anos de idade em Aracaju. O estudo apontou que nos bairros onde há uma predominância das rendas mais baixas, os níveis de alfabetização eram menores, comparados aos bairros considerados de classe média e classe média-alta.

Manuel Prado destaca que aspectos externos do ambiente escolar acabam influenciando nos resultados da rede de ensino, principalmente, em relação à evasão escolar, mas, ainda assim, os números foram positivos ao longo dos anos. “Nós buscamos trabalhar e compreender a especificidade de cada escola e o ambiente onde ela está inserida, para que, mesmo com o plano geral de ensino, haja o trabalho direcionado para atender demandas específicas. Na semana passada, começamos a realizar reuniões com os 74 diretores das escolas municipais, destes gestores, não só do Ensino Fundamental, os da rede infantil também participam. Planejamos implantar uma rotina nas escolas infantis voltadas à aprendizagem, assim, temos mais um ponto positivo para que não haja abandonos quando o aluno chegar ao Ensino Fundamental”, considera.

Perspectivas

Em relação ao início deste ano letivo, Manuel Prado tem uma perspectiva otimista sobre o desempenho das escolas municipais, já que, desde o começo do projeto Qualidade do ensino, os números só indicam melhorias nos principais aspectos. “A nossa avaliação é que o ano letivo de 2019 poderá trazer bons resultados em relação ao empenho dos alunos e desempenho das Escolas Municipais do Ensino Fundamental. Do ponto de vista estrutural, a rede está funcionando muito bem, para que o aluno e o professor se encontrem na sala de aula e haja um ambiente de aprendizagem. Os serviços de acompanhamento de alunos com deficiência, merenda, transporte e limpeza escolar têm funcionando muito bem desde o início desta gestão, o que reflete em bons resultados para alunos e professores”, enfatiza.

Foto Ana Licia Menezes

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