Aracaju, 25 de abril de 2024
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Uso da camisinha além de seguro pode ser divertido, diz médico

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Segundo o gerente do programa IST/Aids, Almir Santana, é preciso ter cuidado e analisar se o preservativo contém a marca do Inmetro

Você sabia que além de vários tamanhos, há camisinhas com uma variedade de sabores, cores, desenhos e até aromas? O preservativo  pode ser um importante aliado proporcionando sensações divertidas para tornar o momento íntimo mais envolvente e descontraído. Com as inúmeras opções que o mercado disponibiliza para vários públicos e gostos, não tem mais motivo para não usar o preservativo, ele não é apenas uma medida para a prevenção de  gravidez, protege também contra as diversas Infecções Sexulamente Trasmissíveis (ISTs).

Há no mercado vários tipos de camisinhas, como apresenta o gerente do programa IST/Aids, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Almir Santana.  “Existem vários  tipos para gostos diferentes, como por exemplo, com gel retardador de ejaculação; ou camisinha texturizada, que causa mais atrito no interior do canal vaginal, dando mais prazer; também tem camisinha latex free, usada por pessoas que têm alergia ao látex; camisinha extra fina, capaz possibilitar  a sensação de ausência do preservativo; ou até mesmo camisinha neon, que brilha no escuro”, contou Almir.

Segundo o médico, o preservativo deve conter a marca do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), órgão responsável por assegurar a qualidade.  Ele também salienta que as camisinhas disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) possuem algumas particularidades importantes.

“Embora essas camisinhas ofertadas pelo mercado com a certificação do Inmetro sejam seguras, o preservativo que disponibilizamos têm algumas vantagens. Elas são feitas com material mais grosso, possibilitando que não se rompam facilmente. Além disso, é importante lembrar, que quando se usa camisinhas com material mais fino, o cuidado no manuseio deve ser maior”,  explica.

Além do preservativo para os homens, a SES garante também a camisinhas para mulheres. Isso pode ser considerado uma ferramenta de autonomia e de proteção, sem a dependência do parceiro, do mesmo modo que pode ser uma forma de proteção no sexo entre mulheres. Como é feita de  polietileno, é uma opção para quem tem alergia ou irritação ao látex.

O gerente do Programa IST/Aids da SES, comentou sobre a conotação negativa que ainda existe com relação à  camisinha feminina. “A aceitação ainda é tímida, e há  um preconceito, impedindo  que algumas mulheres  sequer experimentem, mas estamos trabalhando diariamente para que isso mude ”, relata.

O Estado  de Sergipe distribuiu no ano de 2018 mais de 4 milhões de camisinhas masculina, um número muito maior em relação a camisinha feminina que chega ao total de 25 mil. Isso em razão da procura que é menor.

Mitos e Verdades sobre a camisinha

O médico sanitarista Almir Santana esclarece algumas questões, que ainda causam dúvidas. A  camisinha feminina, por exemplo, é a única que pode ser colocada com maior antecedência em relação ao ato. Inclusive ela pode ser introduzida de 8 a 10 horas antes da relação sexual, sem perder sua eficácia, independente do calor. De contrapartida, se ouve muito dizer que usar duas camisinhas reduz a chance de engravidar ou contrair ISTs. Isso é totalmente falso, já que o atrito entre as duas camisinhas no momento do ato, aumenta o risco de estourar.

O médico alerta também, que é falso dizer que para o sexo oral não é necessário o uso de preservativo. Existem várias doenças transmissíveis por esse tipo de sexo: Aids, hepatite B, sífilis, HPV, entre outras. Por isso, é necessário evitar o contato direto.

E por fim,  dizer que a camisinha atrapalha o prazer é um mito muito comum sobre o preservativo, mas o médico esclarece algumas coisas. “Claro que não é possível ter resultados padrões sobre a relação entre o prazer e a camisinha, mas com as diversas possibilidades  que foram apresentadas existem vários caminhos de juntar prazer mais o cuidado à saúde”, conclui Almir Santana.

Fonte e foto ASN

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