Aracaju, 28 de março de 2024

O Maio Amarelo começou com famílias de luto, escreve Lacerda Júnior

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*Lacerda Júnior

O Maio Amarelo é um movimento voltado à promoção da segurança no trânsito, o mês foi escolhido por marcar o aniversário da década mundial de segurança no trânsito, onde diversos países assumiram o compromisso de intensificarem esforços no intuito de reduzir os alarmantes números de acidentes. Em Sergipe o Movimento Maio amarelo foi aberto oficialmente no último dia 02, onde diversas instituições se juntaram para chamar atenção que se faz necessário à união de forças em prol da redução do número de acidentes.

Apesar do empenho dos órgãos de trânsito, no sentido de intensificar o trabalho de educação, com vista à mudança de comportamento por parte de condutores e pedestres, aqui em nosso Estado o Maio Amarelo já começou com famílias enlutadas por conta de acidentes de trânsito, em menos de dez dias do início da campanha já foram contabilizados diversos acidentes, sendo que alguns deles causaram comoção no povo sergipano.

No dia 04 do Maio Amarelo, catorze fiéis que participavam de uma romaria em Pinhão foram atropelados, no dia 06 um caminhão saiu da pista e capotou nas proximidades de Poço Verde ocasionando a morte do condutor,  no mesmo dia uma criança de onze anos morreu atropelada por uma caçamba no Parque dos Faróis, ainda no mesmo dia um acidente ocorrido na entrada de Aracaju envolveu quatro veículos e teve de saldo quatro pessoas feridas e uma morta.

O relato aqui feito não tem o objetivo de fazer juízo de valor com relação a nenhum dos acidentes citados, mas sim chamar a atenção da sociedade que as campanhas educativas de trânsito não produzirão efeito se cada um de nós não tomar partido na causa. Trânsito seguro é um dever de todos; nosso país mata por ano aproximadamente 200 mil pessoas, mas a estatística é fria, por vezes impacta, mas não sensibiliza.

A dor das famílias enlutadas não pode ser demonstrada nos números, e por vezes a mudança de comportamento só ocorre quando o acidente de trânsito atinge alguém que amamos, enquanto isso acreditamos na máxima que o acaso nos protege enquanto andamos distraídos, quando na realidade muitas pessoas estão partindo de forma precoce por conta da atitude impensada de alguns.

Convido o povo sergipano a chorar a perda das famílias enlutadas pelos diversos acidentes ocorridos recentemente, nos coloquemos no lugar dos pais da criança de onze anos e os demais familiares das vítimas que viram repentinamente do riso fazer-se pranto, porém chorar por elas não é o suficiente, pois se não mudarmos nossa conduta no trânsito, acidentes continuarão acontecendo e famílias continuaram a vestir preto em vez de amarelo.

*Lacerda Júnior é   Professor Especialista em Segurança e Educação para o Trânsito

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