Aracaju, 18 de abril de 2024
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Angu de caroço

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As preliminares da próxima campanha eleitoral sinalizam que a disputa pela Prefeitura de Aracaju será um verdadeiro angu de caroço misturado com sarapatel de coruja. A oposição ao prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) está incensando várias candidaturas, enquanto alguns aliados do comunista estudam a hipótese de trocar de palanque. O PT, por exemplo, só pensa em lançar candidato próprio. Confirmadas as pretensas candidaturas, os aracajuanos terão mais de 10 opções para escolher o futuro prefeito. O grande número de pré-candidatos também indica que, para conquistar espaços, muitos vão querer ganhar no grito. Vale um conselho a quem confunde os ouvidos dos eleitores com penico: Os aracajuanos são ordeiros e costumam punir com a derrota os chamados galos de briga, defensores da demagogia e adversários do bom debate.

Alça de mira

Entre 2014 e 2018, o número de novas armas de fogo registradas por pessoa física cresceu muito. Levantamento feito com base em dados do Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal e publicado pela Folha de São Paulo, mostra que no Brasil o crescimento foi de 47%. O Espirito Santo lidera o ranking com 648,2%. Sergipe aparece na 6ª posição com um crescimento de 157,5%. E vai crescer ainda mais depois do decreto do governo Bolsonaro autorizando que gatos e cachorros andem por aí com um trabuco na cintura. Cruz, credo!

Visita esperada

Será que o ex-deputado federal André Moura (PSC) vai à Polícia Federal, em São Paulo, visitar o amigo presidiário Michel Temer (MDB). Nada mais justo que o faça, pois no desgoverno do mordomo de filme de terror o político sergipano foi pra lá de prestigiado tendo sido, inclusive, seu líder no Congresso. Não ir a cadeia abraçar o amigo Temerário seria uma baita descortesia de André. Marminino!

Grana prometida

E deputado federal Valdevan Noventa (PSC) gaba-se de ter conseguido R$ 1 milhão para bancar os festejos juninos de Boquim, Estância, Itabaiana, Itabaianinha e Umbaúba. A grana foi prometida pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, aquele acusado de ter plantado o “laranjal” do PSL. Do dinheiro prometido, R$ 300 mil serão destinados à Festa do Barco do Fogo, realizada em Estância. Então, tá!

Perdidos e achados

O ex-governador Jackson Barreto (MDB) está sem lenço e sem documentos. Ele perdeu a carteira porta-cédulas com algum dinheiro, os cartões de crédito e a documentação. JB postou mensagem nas redes sociais pedindo ao “senhor que a encontrou, conforme registro feito pela câmara de segurança, fineza devolvê-la na sede do MDB, na avenida Barão de Maruim”. Com um apelo deste, é bem capaz de Jackson receber os documentos de volta. Homem, vôte!

Desmentido

A Globo News leu, ontem, nota da Universidade Federal de Sergipe desmentindo o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Entrevistado pela Globo News, este suplicante disse que a UFS não tem nenhum curso de doutorado ou mestrado com nota 5. Na nota, a universidade provou que dos 17 cursos de doutorado, 15 obtiveram nota 4 e dois outros nota 5. E dos 47 cursos de mestrado, 17 exibem nota 4, e dois nota 5. Alô, ministro, vá mentir assim no quinto dos infernos!

Lados opostos

Os senadores Rogério Carvalho (PT) e Alessandro Vieira (PP) votaram diferente sobre qual deve ser o endereço do Conselho de Controle de Atividades Financeiras. O petista foi favorável que o Coaf volte para o Ministério da Economia, enquanto Vieira votou pela permanência daquele órgão público no Ministério da Justiça. Derrotado, Alessandro disse ter votado “a favor de Sérgio Moro”. Ah, bom!

Sem compadrio

E o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) lançou o edital das feiras livres de Aracaju. Segundo ele, esta licitação vai colocar a capital sergipana “no patamar de uma cidade inteligente, sustentável, que preza e valoriza seu povo”. A ideia é que as feiras funcionem de forma disciplinada e organizada. Nogueira jura que a partir da licitação não haverá qualquer tipo de apadrinhamento: “Será uma relação profissional e com foco no cidadão”. Aguardemos, portando!

Dinheiro queimado

Sergipe é um terrível canteiro de obras inacabadas. Levantamento feito pelo Tribunal de Contas de Sergipe revela a existência no estado de 259 obras públicas paralisadas. Estes “esqueletos” já consumiram mais de R$ 120 milhões, dinheiro jogado fora, pois boa parte das obras está irremediavelmente perdida. Das 259 obras paralisadas, 39 estão sob o controle do governo estadual, enquanto 220 são da responsabilidade dos municípios. Uma lástima!

Mãos abanando

Como já era esperado, os governadores retornaram, ontem, de Brasília com uma mão na frente e outra atrás. Nos dois encontros com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) eles não receberam nem promessa de que seus pleitos serão atendidos por este governo militar. Apesar de tratar os governadores a pão e água, Bolsonaro deseja que eles pressionem as bancadas federais a aprovarem a famigerada reforma da Previdência. Danôsse!

Recorte de jornal

Publicado no jornal Folha de Sergipe, em 6 de agosto de 1886.

Resumo dos jornais

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