Aracaju, 24 de abril de 2024
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Desemprego está em alta em Sergipe. Poder público precisa fazer algo!

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Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no primeiro trimestre de 2019 o desemprego cresceu 15,5% em Sergipe e nós somos o oitavo Estado do País em taxa de desocupação, superando a média nacional de 12,7%. Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre (18%) são os Estados em pior situação de desempregados formais no momento. O número é preocupante e o momento é da classe política, em conjunto com o poder público, buscar e apresentar alternativas para combater a carência de empregos e reaquecer a economia local.

Menos pessoas empregadas com carteira assinada representa também menos dinheiro circulando, sendo mais um complicador para o mercado. Requer medidas importantes do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas também ações emergenciais do governador Belivaldo Chagas (PSD). O poder público não pode ser omisso e precisa tomar algumas iniciativas para impulsionar a geração de empregos, incentivando o setor privado a contratar mais trabalhadores. Se há uma redução de gastos nas estatais, é preciso compensar isso com incentivos no mercado.

Esse desemprego também é reflexo da crise que assola o comércio sergipano e a indústria da Construção Civil. Não dá para o governo de Sergipe ficar esperando apenas uma resposta positiva do governo federal. Se não está encontrando soluções, cabe ao governador tentar ouvir segmentos da oposição e da sociedade civil organizada, para se chegar a um senso comum, dando condições para a abertura de novos postos de trabalho. E isso também é uma responsabilidade que a classe política, como um todo, precisa assumir.

Em Sergipe diversas empresas estão fechando suas portas, porque não aguentam a alta carga tributária e a falta de uma política contínua de incentivos, que devem ir além de da concessão de benefícios fiscais. O Estado precisa se “vender” atraente, com “os pés no chão”, mas dentro de uma realidade otimista, propositiva. Ninguém vai investir milhões em uma “incógnita”, no “desconhecido”. Estamos em uma região litorânea, por exemplo, e nosso turismo é muito pouco explorado. Não existe uma agenda positiva junto ao trade.

Para concluir, os números do IBGE revelam uma realidade que todos nós estamos vivenciando: o desemprego está em alta em Sergipe, empresas estão “quebrando” ou reduzindo quadros, o dinheiro não está circulando, há muito pouco investimento e o governo “economizando” é verdade, mas produzindo muito pouco que fomente a economia, que gere emprego e renda. O “galeguinho” Belivaldo Chagaa, “que chegou para resolver”, tem que fazer algo urgente porque já passamos em mais da metade do segundo trimestre de 2019 e até agora ele não disse a que veio…

Veja essa!

Do ex-deputado federal José Carlos Machado: “O desemprego é o maior problema do Brasil e de Sergipe. E o que se faz para diminuí-lo? Muito pouco se fala! Em uma entrevista a Gilmar Carvalho (FM Jornal), o governador estava otimista com relação à crise financeira do Estado que havia melhorado por conta da diminuição das despesas. Mas quais? O que melhorou?”.

E essa!

Machado pontuou ainda que o comentário é que temos mais de 500 obras paradas em Sergipe que, se retomadas, gerariam cerca de 10 mil empregos diretos. “O projeto Jacaré/Curituba, por exemplo, se funcionasse poderia gerar uns cinco mil empregos. Poderiam revitalizar a citricultura em parceria com a UFS e, a médio prazo, milhares de empregos poderiam ser gerados. Como também o incentivo à pecuária do leite e à carcinocultura”.

Machado I

Diante da afirmação feita por este colunista de que os “governantes de plantão” preferem guardar para “estourar em assistencialismo nos anos eleitorais”, Machado respondeu que “três coisas contaminam os políticos: vaidade, populismo e ânsia de poder”.

Machado II

Por fim, José Carlos Machado reclamou da baixa expectativa para as obras de duplicação da BR-101. “Pelo volume de recursos disponíveis no momento, esta obra vergonhosa que se arrasta há mais de duas décadas em nosso Estado, vai demorar pelo menos mais uns 10 anos. Nada estruturante acontece em Sergipe. Quanta falta João Alves Filho faz”.

Transamazônica

Pelo tempo estipulado por Machado para uma possível conclusão da duplicação da BR-101 em Sergipe, pelo volume de recursos estipulado e pela quantidade disponível no momento, este colunista encerrou a conversa dizendo que “Sergipe também tem a sua transamazônica”. Lamentável…

IBGE

Ainda de acordo com os dados divulgados pelo IBGE sobre o desemprego no 1º trimestre, Sergipe com 29,3% é o 11º entre os Estados do Brasil com mais trabalhadores por conta própria. Além disso, somos o oitavo no País (39,2%) entre os empregados sem carteira assinada. Já entre os empregados do setor privado com carteira assinada, com 60,5%, Sergipe é apenas o 21º do País.

Bomba!

A empresa que fornecia alimentação para a Fundação Renascer teve seu contrato reincidido abruptamente e pretende levar o caso para o Tribunal de Contas e Ministério Público Estadual, além de entrar com um mandado de segurança. A reclamação é de “truculência” por parte do poder público, algo inimaginável partindo de um presidente com a história que possui Wellington Mangueira, que sempre defendeu o diálogo e a harmonia.

Sem defesa

A empresa prejudicada reclama que o contrato foi reincidido pelo presidente sem que este instaurasse um processo administrativo, garantindo as partes o direito de manifestação, da ampla defesa e o que teria levado aos supostos descumprimentos contratuais.

Exclusiva!

Por sua vez, vazou também a informação de supostas extorsões relacionadas a um fiscal de contrato da Fundação e que a gestão da Secretaria da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (SEIT) está insatisfeita com a suposta “inércia” e “falta de pulso” do presidente da Fundação.

Outro lado

Este colunista entrou em contato com o presidente Wellington Mangueira para tomar conhecimento do que está acontecendo na Fundação Renascer. Ele confirmou a rescisão do contrato e que “tudo foi feito de acordo com a orientação da Procuradoria fundacional e com os documentos acostados, mês a mês, sobre a alimentação fornecida tendo em vista que não vinha com a qualidade que era exigida”.

Wellington Mangueira I

O presidente da Fundação disse ainda em virtude do Estado atrasar os pagamentos das faturas, a empresa que fornecia a alimentação dos internos mandava quentinhas com salsicha e calabresa e em quantidades menores. “Ameaçaram suspender unilateralmente o contrato e, em um sábado que antecedeu um feriado, ligaram dizendo que não ia ter almoço para os meninos”.

Wellington Mangueira II

Mangueira externou sua preocupação com o risco de rebeliões e que poderia comprar com seu cartão de crédito a comida, mas também não tirou a razão da empresa que justificava com os atrasos das faturas pelo governo a dificuldade para comprar alimentos com qualidade. “Notificamos a empresa várias vezes que a alimentação fornecida não estava em acordo com o cardápio. Dentro do interesse público, nós suspendemos o contrato unilateralmente”.

Sem extorsão

Sobre os rumores de supostas extorsões envolvendo o fiscal de contratos da Fundação, Wellington Mangueira disse que vai apurar internamente e cobrou que a empresa prejudicada formalize uma denúncia no MPE e até na Polícia. “Não permitimos nada neste sentido aqui, não aceito nenhuma extorsão de quem quer que seja e o ônus da prova cabe a quem acusa. Buscaremos todos os meios e, se identificarmos algo, será punido na forma da lei. Acho estranho porque nunca ouvir falar sobre isso aqui”.

Alô galeguinho!

Ouvindo informações da empresa prejudicada e quando o próprio presidente da Fundação Renascer reconhece que o Estado não cumpre sua obrigação, como exigir isso do empresário? É assim que o governo de Belivaldo Chagas se relaciona com seus parceiros? E sobre a denúncia de suposta “extorsão” na Fundação, é melhor o presidente apurar “direitinho”, porque esse não é primeiro rumor que este colunista toma conhecimento daquele órgão…

Reconhecimento

Agora este colunista, sensibilizado com a dedicação do presidente Wellington Mangueira com seu campo de atuação, reconhece seu esforço de que, como a empresa suspendeu a alimentação para os internos, ele chegou a disponibilizar seu próprio cartão de crédito para a aquisição de insumos para que a comida fosse servida. Um belo exemplo no serviço público, diga-se de passagem.

Forró dos Delegados

Com uma ampla estrutura e grandes atrações, a festa que movimentou o final de semana em Sergipe foi o “Forró dos Delegados”. Este colunista esteve presente, a convite da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe), e destaca a interação dos presentes com os artistas, destacando a valorização da cultura sergipana, além de consolidar o evento no calendário junino do Estado.

Estância I

Mais uma vez e pelo terceiro ano consecutivo, a edição deste ano dos Festejos Juninos de Estância promete ser o mais animado do Estado de Sergipe. Contando com uma programação festiva que inicia no próximo dia 31, com a Salva Junina, a Prefeitura de Estância divulga a programação dos 31 dias ininterruptos dessa festa que inclui muito forró tanto na cidade, como na zona rural, concursos culturais, apresentação de grupos folclóricos, além de, é claro, o show de luzes e cores do astro-rei, o Barco de Fogo, Patrimônio Imaterial de Sergipe.

Estância II

O prefeito Gilson Andrade destaca que com planejamento e organização a realização dessa festa é voltada para todos os públicos, e fortalece a cultura da cidade. Ele também frisa o empenho de toda equipe que está organizando as festividades do São João de Estância de forma comprometida para que seja um sucesso. “Durante os 31 dias de festa oportunizaremos para a população estanciana, assim como de todo o Estado, e turistas que aqui estiverem, um evento cultural que conta com toda uma estrutura de segurança para propiciar tranquilidade a todos os frequentadores. Além disso, estamos realizando esse evento com muito respeito ao erário, assim como fizemos no Carnaval que foi um grande sucesso”, afirmou.

Programação

Abrindo a programação na sexta-feira (31), às 10h, será realizado o Fórum Estadual de Turismo, no auditório da Universidade Tiradentes (Campus Estância). À noite, a partir das 19h, a abertura oficial dos festejos juninos de Estância, com a realização de cortejo cultural (saindo da Av. Getúlio Vargas com destino à Praça Barão do Rio Branco), onde acontece o hasteamento das bandeiras, bênção da fogueira e apresentação do trio pé de serra Sanfona Branca; e no Forródromo Rogério Cardozo, a partir das 22h, shows com Thyta Barão, Banda Cavalo de Pau, Márcia Fellipe e Mano Walter, além de apresentações de Barcos de Fogo.

CRÍTICAS E SUGESTÕES

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