Aracaju, 14 de julho de 2025
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Superlotação nos hospitais é pela precariedade do atendimento na atenção básica 

HUSE

Uma situação recorrente tem revelado uma falha no atendimento aos usuários do SUS nas unidades básicas de saúde de Aracaju e de vários outros municípios: a superlotação do pronto socorro do Huse e dos hospitais espalhados pelo Estado. Mais de 90% dos casos atendidos são classificados como de baixa complexidade. São pessoas com dor de cabeça, náuseas, dores abdominais, pequenas fraturas e febre. São casos que deveriam ser atendidos pela atenção básica, que é de responsabilidade das Prefeituras.

O Huse é o maior hospital público do Estado de Sergipe e deveria atender, exclusivamente, os casos de urgência e emergência, que necessitam de uma atenção maior devido ao risco de morte. São os casos chamados de alta complexidade. Porém, como ele é porta aberta, na prática, isto não acontece e a grande maioria acaba indo para o pronto socorro em busca de um atendimento mais simples.

O mesmo acontece com os hospitais do interior do Estado. Em Itabaiana, o Hospital Dr Pedro Garcia Moreno tem vivido dias de agonia com o pronto socorro estrangulado. Sem uma unidade de pronto atendimento 24 horas na cidade e com deficiência de atendimentos em alguns postos, a população tem recorrido ao hospital do Estado. Com restrições de profissionais para atender toda a demanda, a direção da unidade tem priorizado os casos mais graves e o atendimento da baixa complexidade tem demorado.

Isso traz à tona uma discussão sobre o papel da atenção básica no primeiro atendimento à população. A imprensa vem mostrando, quase que diariamente, a aflição de pacientes que buscam atendimento no pronto socorro dos hospitais do Estado. Muitos chegam a esperar mais de 10 horas por atendimento, já que estas unidades hospitalares não atendem por ordem de chegada e sim por gravidade dos casos. Mas por que os pacientes não tem recebido atendimento nos postos? Se eles não estão funcionando a contento, para onde estão indo os recursos destinados às Prefeituras?

 

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