Aracaju, 28 de março de 2024

Fórum da Agricultura é instalado com palestra sobre possibilidade de investimentos internacionais

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O Fórum é formado por mais 33 instituições que lidam diretamente com a agropecuária e pesca sergipana, com representação dos produtores, do setor público estadual e federal, e associações de classe empresariais e profissionais

O Fórum Permanente da Agricultura Sergipana foi oficialmente instalado esta semana, com palestra do cônsul da Finlândia e presidente do Conselho Consultivo do Fundo Comum de Commodities (CFC) da Organização das Nações Unidas (ONU), Wilson Andrade, sobre as possibilidades de investimentos internacionais para o agronegócio. Coordenado pela secretaria de Estado da Agricultura do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (SEAGRI) o Fórum é formado por mais 33 instituições que lidam diretamente com a agropecuária e pesca sergipana, com representação dos produtores, do setor público estadual e federal, e associações de classe empresariais e profissionais.

A solenidade foi presidida pelo secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, que fez a saudação de abertura do encontro, destacando os seus objetivos. “Para a Seagri, é uma honra receber esta grande representação do setor produtivo, e das demais instituições estaduais e federais que apoiam as atividades no campo. Fica, portanto, neste ato, instalado oficialmente o ‘Fórum Permanente da Agricultura Sergipana’, que tem como objetivo integrar esforços dos segmentos oficiais e privados que compõem as cadeias produtivas, e somar esforços para a promoção do desenvolvimento do setor agropecuário e da pesca sergipana”, disse o secretário.

O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese), Ivan Sobral, disse que a criação do Fórum atende a uma demanda do setor produtivo. “Entregamos ao governador um trabalho elaborado por técnicos da casa, juntamente com produtores rurais de diversas regiões do estado, no qual constavam propostas para o agro sergipano, dentre as quais estava a criação do Fórum. Então, sem dúvidas, é muito importante para o estado ter esse ambiente de discussão. Torcermos que apareçam vários resultados positivos”, pontuou.

A parceria com instituições de ensino superior, segundo o representante do departamento de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Sergipe, Veronaldo Souza de Oliveira, tende a colaborar com os debates que envolvem o setor. “Penso que a UFS, com seis cursos da área de ciências agrárias, pode contribuir com a discussão das políticas públicas. Achei de suma importância trazer os órgãos, cada um na sua competência, para juntos discutirmos as problemáticas e trazer soluções para a agricultura e pecuária do estado”, afirmou.

Possibilidade de investimentos

O presidente do Conselho Consultivo de Commodities da ONU, Wilson Andrade, destacou as possibilidades de investimentos. “Faz um ano e meio que estamos à frente deste conselho internacional e temos trazido parte dos recursos para projetos na Bahia. Queremos que Sergipe, como todo o Brasil, seja aquinhoado com essa possibilidade. Só este fundo, além dos mais de cem no mundo inteiro, dispõe de 40 a 50 milhões de dólares todos os anos com juros subsidiados. Alguns recursos, em menor porte, não reembolsáveis podem ajudar na implantação de projetos e na melhoria dos processos dos nossos produtos agroindustriais”, relatou.

Wilson também destacou que o fundo é uma fonte de investimento que o Brasil está ocupando pouco, ressaltando que a África dispõe de 60% destes recursos. Para ele, é preciso entender que este é o momento de conhecer as possibilidades e investir na captação destes recursos. “Na hora que você tem acesso a um fundo desses, naturalmente desperta o interesse de fundos adicionais, como fundos governamentais, privados – como por exemplo o Fundo dos países produtores de petróleo (OPEP), que disponibilizam 300 milhões de dólares por ano para investimento em commodities – que podem ajudar a alcançar os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU. Como digo sempre, o Brasil é referência para o mundo na área de proteção ambiental. Nós fazemos produtos agrícolas com qualidade e competitividade de preço. Temos, sem dúvidas, condições de melhorar ainda mais essa área”, acrescentou o presidente do CFC.

Como acessar os recursos

Para ter acesso aos investimentos, são abertos dois editais por ano. “Um edital é aberto em março e vai até o final de abril ou outro sai em maio e vai até agosto. Qualquer pessoa ou instituição pode ter acesso por meio do site http://www.common-fund.org/. Lá, basta procurar informações em chamada de projetos do Fundo Comum. Depois de dar entrada, as propostas passam pela área técnica de análise, para conferir documentação e, em seguida, vão para o Conselho do qual eu participo para avaliação final”, detalhou Wilson Andrade. O economista Fábio Teixeira, que veio com ele, relatou para o fórum muitas outras instituições internacionais de financiamentos para o setor público, privado e não governamental.

Na avaliação do secretário da agricultura, André Bomfim, o evento foi além do esperando. “O encontro superou as expectativas da Secretaria da Agricultura, com vários representantes de órgãos como Emdagro da Cohidro, órgão federais como Ministério da Agricultura, Embrapa, a Federação da Agricultura, o CREA, a AEASE, UFS e a participação do presidente do Fundo de Commodities da ONU, que abrilhantou a abertura falando sobre as alternativas de captação de recursos internacionais. Já saímos com encaminhamento de próximas reuniões sob a coordenação da Seagri, mas de forma itinerante, para conhecer as várias instituições que compõem o colegiado, sendo a próxima a ser realizada no prazo de 30 dias, quando discutiremos o regimento interno”, finalizou.

Foto ASN

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