Aracaju, 27 de abril de 2024
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Mobilização fortalece a Greve Geral marcada para próximo dia 14 de junho

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Por emprego, educação e aposentadoria, Sergipe e o Brasil inteiro vão parar nesta sexta-feira

por: Iracema Corso

Construindo a Greve Geral do Dia 14 de junho, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), professor Dudu e vários militantes e sindicalistas têm conversado diariamente com a população nos terminais rodoviários de Aracaju. “Para aprovar a Reforma Trabalhista, disseram que iria melhorar a vida dos pobres, iria gerar emprego, não melhorou nada, piorou, hoje são 14 milhões de desempregados no Brasil. Quem ganhou com isso? Só os ricos. Então nesse dia 14 de junho não vai ter ônibus, não vai ter comércio, não vai ter banco, vai tá tudo fechado, é greve geral em defesa da aposentadoria do povo brasileiro. Vamos todos juntos barrar esta Reforma da Previdência”, convidou o professor Dudu.

Da mesma maneira, trabalhadores de Sergipe indignados com a Reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional concordaram em participar da construção da Greve Geral Nacional no dia 14 de junho, próxima sexta-feira, por emprego, educação e aposentadoria. Em Assembleia Geral, Sindisan (Urbanitários), Sindiserve Poço Verde (Servidores Públicos), Sintese (Professores), Sintect (Correios), Sindiprev (Previdenciários), Sinasefe (IFS), Seeb (Bancários), Sindifrei (Servidores Públicos), Sindacsei (Agentes Comunitários), Sintra (Rodoviários), entre vários outros sindicatos de Sergipe aprovaram a Greve Geral.

Em Sergipe, os sindicatos filiados à CUT, à UGT, CTB, CSP/Conlutas e movimentos sociais reunidos da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo participam da construção da Greve Geral. Em todo o Brasil, a Greve Geral do dia 14 de junho vai fazer história. Em Aracaju, vários protestos serão realizados desde a madrugada e também no turno da manhã. À tarde, a partir das 15h, a concentração será na Pça General Valadão.

O que a Reforma da Previdência vai fazer com a sua aposentadoria?

*Fim da aposentadoria integral. Depois de contribuir 20 anos e alcançar a idade mínima (65 anos, se homem e 62 anos, se mulher), os aposentados só vão receber 60% do benefício + 2% a cada ano extra trabalhado;

*Fim da aposentadoria por tempo de contribuição (Como é hoje: homens com 35 e mulheres com 30 anos de contribuição podem se aposentar);

*Trabalhadores do Setor Privado terão 5 anos a mais de contribuição e as mulheres terão que trabalhar por 2 anos a mais;

*Para receber aposentadoria integral, professores terão que trabalhar até 15 anos a mais;

*Trabalhadores rurais vão contribuir mais e trabalhar mais. Hoje eles contribuem por 15 anos e se aposentam com 60 anos (homens) e 55 anos (mulheres), terão que contribuir por 20 anos e se aposentar com 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres);

*Viúvas não vão mais receber a pensão integral, ficarão apenas com 60% do valor + 10% por filho dependente. Ficará proibida a acumulação de pensões e aposentadorias.

*A capitalização da previdência, modelo adotado no Chile e que foi um fracasso, pode levar a população idosa brasileira à miséria.

 

 

 

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