Aracaju, 25 de abril de 2024
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“O GOVERNO VIROU USINA DE CRISES PERMANENTE, NÃO ATINGIRÁ CÂMARA”

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SAO PAULO — O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou o governoJair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes , de criarem crises desnecessárias e voltou a defender que, apesar do Palácio do Planalto, o Congresso aprovará a reforma da Previdência.

— O governo virou uma usina de crise permanentes que não atingirá a Câmara dos Deputados  — disse Maia em entrevista concedida nesta tarde na capital paulista.

Segundo o deputado, o chefe da equipe econômica de Bolsonaro tem uma visão distrocida do que é diálogo e democracia.

— A aprovação da reforma no primeiro semestre está mantida. Estamos blindados de crises, não chega ao Parlamento — afirmou.

Mais cedo, no Rio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez duras críticas ao parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da reforma da Previdência  na Comissão Especial da Câmara. Guedes afirmou que as mudanças feita pelo relator, a partir das sugestões apresentadas pelos deputados, obrigarão o país a fazer uma nova reforma da Previdência dentro de quatro a cinco anos.

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Maia lamentou que Paulo Guedes, de quem é aliado desde o período eleitoral e com o qual vem negociando várias medidas, tenha deixado de lado o espírito conciliador após ter sua proposta de reforma modificada pela Câmara.

— Pela primeira vez o bombeiro é a Câmara. O ministro da Economia é sempre o que gera mais tranquilidade, dessa vez não — afirmou Maia que destacou que esperar aprovar um texto que gere uma economia de até R$ 900 bilhões em dez anos.

Incisivo, o presidente da Câmara afirmou que os deputados estão comprometidos com a reforma da Previdência e trabalhou para concluir com celeridade uma proposta, que foi negociada e pactuada:

— A democracia não é o que um quer.

O GLOBO- Gustavo Schmitt

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