Na conversa com Deltan, supostamente ocorrida em 13 de abril de 2017, Moro teria anotado. “Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante.”
Em nota, o ministro afirma que ‘não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos’.
“Nunca houve interferência no suposto caso envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi remetido diretamente pelo Supremo Tribunal Federa a outro Juízo, tendo este reconhecido a prescrição”, declarou o ministro da Justiça.
Ele destacou que sua ‘atuação como juiz federal sempre se pautou pela aplicação correta da lei a casos de corrupção e lavagem de dinheiro’.
Segundo a publicação do Intercept, Moro teria consultado Deltan sobre se ‘tem alguma coisa mesmo séria do FHC?’ “O que vi na TV pareceu muito fraco? Caixa 2 de 96?”
Deltan teria respondido com a informação de que o caso ‘foi enviado pra SP sem se analisar prescrição’.
Na nota em que rechaça a divulgação, Moro assinala que ‘as conclusões da matéria veiculada pelo site Intercept sequer são autorizadas pelo próprio texto das supostas mensagens, sendo mero sensacionalismo’.
O ex-juiz da Lava Jato afirmou em entrevista ao Estado que vê viés político-partidário na divulgação das mensagens e falou em “sensacionalismo”. O ministro não reconhece a autenticidade das mensagens e, na primeira entrevista após ter virado alvo dos hackers, desafiou a divulgação completa do material.
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DE MORO
“Sobre as supostas mensagens divulgadas, esclarecemos:
– O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos, que podem ter sido editadas e manipuladas, e que teriam sido transmitidas há dois ou três anos.
– Nunca houve interferência no suposto caso envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi remetido diretamente pelo Supremo Tribunal Federal a outro Juízo, tendo este reconhecido a prescrição.
A atuação do Ministro como juiz federal sempre se pautou pela aplicação correta da lei a casos de corrupção e lavagem de dinheiro.
– As conclusões da matéria veiculada pelo site Intercept sequer são autorizadas pelo próprio texto das supostas mensagens, sendo mero sensacionalismo.”
ESTADÃO- REDAÇÃO