Aracaju, 29 de março de 2024

NOVOS DIÁLOGOS ATRIBUÍDOS A MORO E DELTAN CITAM FHC E PRESCRIÇÃO

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O site Intercept publicou nesta terça, 18, novos diálogos atribuídos ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e ao procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná. Em um trecho das mensagens, o tema central é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso(PSDB/1995/2002). Segundo Intercept, o então juiz da Lava Jato e Dallagnol comentam suposto caixa 2 e FHC e que o caso já estaria prescrito.

Na conversa com Deltan, supostamente ocorrida em 13 de abril de 2017, Moro teria anotado. “Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante.”

Em nota, o ministro afirma que ‘não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos’.

“Nunca houve interferência no suposto caso envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi remetido diretamente pelo Supremo Tribunal Federa a outro Juízo, tendo este reconhecido a prescrição”, declarou o ministro da Justiça.

Ele destacou que sua ‘atuação como juiz federal sempre se pautou pela aplicação correta da lei a casos de corrupção e lavagem de dinheiro’.

Segundo a publicação do Intercept, Moro teria consultado Deltan sobre se ‘tem alguma coisa mesmo séria do FHC?’ “O que vi na TV pareceu muito fraco? Caixa 2 de 96?”

Deltan teria respondido com a informação de que o caso ‘foi enviado pra SP sem se analisar prescrição’.

Na nota em que rechaça a divulgação, Moro assinala que ‘as conclusões da matéria veiculada pelo site Intercept sequer são autorizadas pelo próprio texto das supostas mensagens, sendo mero sensacionalismo’.

O ex-juiz da Lava Jato afirmou em entrevista ao Estado que vê viés político-partidário na divulgação das mensagens e falou em “sensacionalismo”. O ministro não reconhece a autenticidade das mensagens e, na primeira entrevista após ter virado alvo dos hackers, desafiou a divulgação completa do material.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DE MORO

“Sobre as supostas mensagens divulgadas, esclarecemos:

– O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos, que podem ter sido editadas e manipuladas, e que teriam sido transmitidas há dois ou três anos.

– Nunca houve interferência no suposto caso envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi remetido diretamente pelo Supremo Tribunal Federal a outro Juízo, tendo este reconhecido a prescrição.

A atuação do Ministro como juiz federal sempre se pautou pela aplicação correta da lei a casos de corrupção e lavagem de dinheiro.

– As conclusões da matéria veiculada pelo site Intercept sequer são autorizadas pelo próprio texto das supostas mensagens, sendo mero sensacionalismo.”

ESTADÃO- REDAÇÃO

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