Aracaju, 19 de abril de 2024
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Auditores fiscais paralisam por cinco dias alegando defasagem salarial da categoria

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Às vésperas do feriado de Corpus Cristian, em assembleia extraordinária, os auditores fiscais de Sergipe deliberaram por unanimidade paralisação de cinco dias consecutivos nos serviços da Secretaria da Fazenda de Sergipe (Sefaz). A greve faz parte da retomada da campanha de valorização da categoria e contra a defasagem salarial. A assembleia foi realizada na tarde desta quarta-feira (19).

A assembleia aprovou a paralisação a partir do dia primeiro ao dia cinco de julho de 2019. Nos dias nos dias 26 e 27 deste mês, a categoria vai realizar respectivamente Ato com Café da Manhã na porta da Sefaz e nova assembleia.

De acordo com o presidente do Sindifisco, Paulo Pedroza a decisão por greve é de contestação à ausência de compromisso do governo estadual quanto ao processo de negociações que já se arrasta há quase dois anos. A proposta apresentada pelo Sindifisco é a implementação de uma ferramenta que incentivaria a máquina arrecadadora. “Essa proposta foi amplamente discutida com o então vice-governador, Belivaldo Chagas, no início de 2018. A discussão foi retomada com os dirigentes da Sefaz e chegou-se a uma proposta de consenso, que além de possibilitar aumento da arrecadação também reorganizaria a gestão da Sefaz. O que falta nessa negociação é a palavra final do governo” destaca o dirigente sindical.

Pedroza afirma que a categoria não compreende por que essa negociação se arrasta por tanto tempo, já que não aumentará a despesa de pessoal e contribuirá com o aumento substancial da arrecadação.

Os servidores públicos do Estado de Sergipe estão sem reposição salarial há sete anos, o que levou perda do poder de compra. “A desculpa do governo para esse descumprimento de direito constitucional é o crescimento incontrolável da despesa com pessoal e déficit da Previdência. Mas diferente desse discurso, no período de 2014 a 2018, a Despesa Bruta de Pessoal (ativo e inativo) cresceu 18%, enquanto a Receita Corrente Líquida cresceu 23%. O que demostra claramente que todo o sacrifício tem recaído sobre os servidores públicos e que o maior problema nas finanças do Estado não é a folha de servidores, que cresceu menos do que a receita”, detalha Pedroza.

Ascom Sindifisco  

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