Aracaju, 25 de abril de 2024
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Deputado João Daniel diz que Moro não tem segurança e sua situação se complica

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Mais de 8 horas de audiência e praticamente nada foi acrescentado com as respostas dadas pelo ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça, às perguntas feitas pelos deputados federais. A audiência que convidou o atual ministro foi realizada, nesta terça-feira, dia 2, em conjunto pelas Comissões de Constituição e Justiça, Direitos Humanos e Minorias e de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara. A audiência foi encerrada após o ministro se retirar, quando o deputado Glauber Braga (PSOL/RJ) fazia uso da palavra.

Inscrito para indagar o ministro, o deputado federal João Daniel (PT/SE) nem chegou a utilizar o tempo reservado a ele. O parlamentar lamentou a atitude da bancada da situação que criou um tumulto logo após a fala do colega Glauber Braga, quando o ministro aproveitou para fugiu da sala da Comissão escoltado pelos apoiadores governistas. “O ministro saiu completamente sem dar uma resposta sequer. Vimos que ele não tem segurança ao responder e a situação dele se complica cada vez mais”, disse João Daniel.

Segundo o deputado, os parlamentares aliados de Bolsonaro ficaram muito nervosos  após a firme acusação feita pelo deputado Glauber Braga, que afirmou que o ex-juiz Sergio Moro estará, no futuro, nos livros de História como um juiz ladrão. “A oposição ficou tensa porque queria, na verdade, o fim da audiência, para que o ministro não ouvisse verdades que precisavam ser ditas. “E nós não estamos aqui para ouvir respostas vazias. O Brasil e o mundo querem saber a verdade do que está sendo revelado dessa vergonha e esse processo que foi sendo montado por Sérgio Moro para dar esse grande golpe e colocar o capitão Bolsonaro na presidência da República”, afirmou.

João Daniel acrescentou que, juntamente com a bancada do PT e partidos de oposição, não medirá esforços na luta em defesa da volta da democracia, do Brasil grande, como foi na época do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “que era o Brasil de todos os brasileiros e brasileiras. Não abriremos mão de lutar pela justiça. E a justiça é a anulação do processo e a libertação imediata do presidente Lula e é preciso que se tenha um julgamento do juiz que rasgou a Constituição, que preparou toda uma armação em Curitiba coma equipe da Lava Jato”, declarou o deputado.

O parlamentar acrescentou ainda que combater a corrupção é uma luta de todos os homens e mulheres e foi nos governos do Partido dos Trabalhadores que se deu autonomia, estrutura e força para as instituições fazerem todo tipo de apuração e denúncias sem perseguição ou intromissão do Poder Executivo junto ao Ministério Público, Polícia Federal e outros órgãos de controle e fiscalização.

Por Edjane Oliveira

Foto assessoria

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